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COTIDIANO

Presidente da Colômbia lamenta fala de Lula sobre crise com Venezuela

Lula disse que conflito só acaba quando Santos assumir na Colômbia. Álvaro Uribe insistiu em que busca uma solução pelo diálogo.

Publicado em 30/07/2010 às 8:22

Do G1

O presidente da Colômbia, Álvaro Uribe, lamentou nesta quinta-feira (29) declarações de seu colega brasileiro Luiz Inacio Lula da Silva sobre a ruptura de relações diplomáticas entre Colômbia e Venezuela, segundo comunicado oficial.

Uribe "deplorou" o fato de Lula se referir à crise diplomática como se fosse um "caso de assuntos pessoais", ignorando a ameaça que seria para a Colômbia a presença da guerrilha das Farc em território venezuelano. (Veja no vídeo as declarações completas do presidente brasileiro)

"O presidente da República deplora que o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, com quem temos cultivado as melhores relações, se refira a nossa situação com a República Bolivariana da Venezuela como se fosse um caso de assuntos pessoais, ignorando a ameaça que, para a Colômbia e o continente, representa a presença dos terroristas das Farc neste país", diz a nota.

"O presidente Lula desconhece nosso esforço para buscar soluções através do diálogo", continua a nota, que insiste em que a única solução para a crise é que a Venezuela não permita a presença de guerrilheiros em seu território.

O presidente Lula, por intermédio do porta-voz da presidência, afirmou que "não acha apropriado" responder às críticas.

As declarações de Lula foram feitas na véspera. Lula disse que pretende se reunir com Uribe, com o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, e com o presidente eleito da Colômbia, Juan Manuel Santos, para ajudar a reconciliar os vizinhos.

O brasileiro afirmou que só acredita que uma solução possa ser buscada depois da posse de Santos, em 7 de agosto. .“ O que nós temos é que ter, primeiro, paciência, que o presidente Santos tome posse”, disse Lula.

A Colômbia denunciou diante da Organização dos Estados Americanos (OEA) que na Venezuela estão escondidos em torno de 1.500 guerrilheiros colombianos, acusação negada por Caracas e que provocou a decisão do governo de Hugo Chávez de romper relações no último dia 22 de julho.

Nesta quinta, ocorreu em Quito (Equador) uma reunião extraordinária da Unasul (União Sul-Americana de Nações) para tentar a conciliação. Os chanceleres sugeriram à presidência do organismo que convoque uma cúpula presidencial para discutir um possível acordo.

Imagem

Jornal da Paraíba

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