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VIDA URBANA

'Abraço ao Isea' reúne trabalhadores da saúde

Ato público foi organizado em resposta às denúncias sobre os 44 óbitos neonatais registrados este ano na instituição.

Publicado em 16/04/2014 às 6:00 | Atualizado em 19/01/2024 às 15:20

Médicos e demais funcionários do Instituto de Saúde Elpídio de Almeida (Isea) comandaram ontem pela manhã o 'Abraço ao Isea', para manifestar apoio à maternidade, em Campina Grande. O ato público foi organizado em resposta às denúncias divulgadas na semana passada, sobre os 44 óbitos neonatais registrados este ano na instituição.

Em contrapartida, o Ministério Público da Paraíba (MPPB) começou a encaminhar ontem os prontuários com as informações sobre cada caso, para investigação no Conselho Regional de Medicina (CRM) e notificou a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), cobrando providências relacionadas às acusações.

O prefeito Romero Rodrigues participou da manifestação e defendeu o atendimento realizado no Isea. “O Isea é um patrimônio de Campina, independente de quem seja o prefeito essa instituição vai continuar servindo à população da cidade e de outras centenas. Então, eu vim aqui prestar solidariedade aos médicos neste ato relevante, para valorizar essa instituição, que tem inúmeros serviços prestados”, enfatizou.

Romero não acredita que tenha havido negligência no atendimento aos bebês que morreram este ano na unidade.

“Conseguimos reduzir os óbitos em 37% em 2013, com relação a 2012. Temos conquistado grandes melhorias e vamos apresentar nossa defesa. É claro que é preciso investigar a origem dessas mortes. Mas não posso apontar culpados sem permitir que os profissionais apresentem suas explicações. Vamos verificar tudo isso com tranquilidade e serenidade, com uma minuciosa investigação dos fatos”, disse.

A diretora-técnica do Isea, Lúcia Ribeiro, rebateu as acusações.

“O Isea presta uma assistência de qualidade, com profissionais altamente capacitados, com consultoria técnica de doutores, nós temos médicos competentes e compromissados, a equipe de neonatologia é uma das melhores da Paraíba. Temos um canal direto com a gestão, a UTI materna será inaugurada em maio e estamos construindo o novo serviço de ultrassom. As crianças que faleceram não deixaram de receber o atendimento adequado”, reforçou.

Ainda conforme a direção, os óbitos estão dentro da média histórica da maternidade, que é referência em gestação de alto risco. Segundo as informações divulgadas, 73% dos óbitos registrados foram de bebês com menos de 7 dias, que nasceram com complicações e em 60% dos casos, os recém-nascidos estavam com peso inferior a 1kg ao nascer, sendo considerados de extremo baixo peso.

MINISTÉRIO PÚBLICO ENCAMINHA CASO AO CRM

O promotor da Infância e Juventude, Herbert Targino, informou que começou a encaminhar ontem os prontuários com os dados detalhados sobre cada óbito ao Conselho Regional de Medicina (CRM), que deverá abrir sindicância para apurar cada caso.

Ele também notificou a SMS, dando prazo de 20 dias para aquisição de dois aparelhos – eletrocardiograma e cardiotocógrafo – fundamentais à assistência médica de alto risco e que estão em falta no Isea. A promotoria também cobra solução imediata para suprir o atendimento de anestesistas na unidade em tempo integral. “A portaria 1020/2013 do Ministério da Saúde preconiza que não podem faltar estes aparelhos.

Também deve haver pelo menos dois anestesistas atuando, mas no Isea faltam estes aparelhos e há apenas um anestesista trabalhando”, informou.

A secretária de Saúde, Lúcia Derks, rebateu as acusações e esclareceu que a maternidade dispõe sim de caridiotocógrafo, que está em manutenção, e de um eletrocardiograma que está em pleno funcionamento. Sob os anestesistas, ela informou que são dois profissionais atuando durante o dia e um à noite, mas com outro de sobreaviso. “Este outro profissional fica de sobreaviso e é imediatamente acionado se for necessário”, disse. O Jornal da Paraíba não conseguiu contato como o Conselho Regional de Medicina para comentar se vai abrir a sindicância.

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Jornal da Paraíba

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