VIDA URBANA
Acusado de atirar em delegado vai ser julgado nesta terça em CG
Delegado da Polícia Civil, Leonardo Machado, vive em estado vegetativo.
Publicado em 07/03/2017 às 8:31
O comerciante e ex-vereador de Uiraúna, Ivamar de Paiva Barreto, acusado de tentar matar o delegado do Grupo Tático Especial da Polícia Civil da Paraíba, Leonardo Machado da Costa Souza, vai a julgamento nesta terça-feira (07), no Fórum Affonso Campos, em Campina Grande. O crime aconteceu no dia 13 de junho de 2015, após uma discussão numa fila de supermercado, em Uiraúna.
O delegado teve traumatismo crâniano encefálico grave e recebe cuidados médicos na cidade de Fortaleza, para onde foi transferido, logo após o fato. De acordo com laudo médico, Leonardo Machado apresenta “quadro neurológico de caráter irreversível e permanente”. O documento diz ainda que o paciente tem “estado vegetativo permanente, sem capacidade de comunicar-se e tetraplégico”.
O presidente da Associação dos Delegados da Polícia Civil da Paraíba, Cláudio Lameirão, pede justiça. “O acusado acabou com a vida de um pai de família, com dois filhos pequenos e desestruturou a vida de todos que lhes eram mais próximos, como a esposa, a mãe, a irmã, todos sofrem vendo o estado em que Leonardo ficou. Então nós clamamos ao Tribunal de Júri que faça justiça para que o acusado pague pelo crime que cometeu”, disse.
O delegado Steferson Nogueira, da cidade de João Pessoa, chamou atenção para o fato que Leonardo foi baleado por um motivo fútil. “O sofrimento da família é permanente. Nós esperamos que o Júri leve isso em consideração”, declarou.
Relembre o caso
No dia 13 de junho de 2015 o delegado Leonardo Machado foi baleado no abdômen e na cabeça numa praça de Uiraúna, logo após sair de um supermercado onde havia discutido com Ivamar Paiva, autor dos disparos. O delegado foi socorrido e passou por cirurgia mas vive em estado vegetativo e respira através de aparelhos. O acusado, Ivamar Paiva, foi preso no dia 10 de julho no interior do Rio Grande do Norte, estado onde já foi denunciado pela morte de outro policial, Sulino Andrade de Mesquita, tendo o processo sido arquivado por prescrição da pena.
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