VIDA URBANA
Ambulantes fazem protesto
Obrigados a deixar seus locais de comércio, vendedores ambulantes de CG fazem protesto em frente a Secretaria de Administração.
Publicado em 21/05/2013 às 6:00 | Atualizado em 13/04/2023 às 17:08
A proibição dos ambulantes de venderem seus produtos nas calçadas do Centro de Campina Grande passou a valer desde ontem. Após serem notificados na última sexta-feira acerca dessa determinação, os vendedores foram obrigados a deixar seus locais de comércio, mas não encararam a situação de forma passiva.
Contrários à determinação, dezenas de trabalhadores informais se concentraram em frente ao prédio da Secretaria de Administração durante todo o dia de ontem cobrando a construção de uma área própria para que eles possam continuar desenvolvendo suas atividades. A manifestação causou a interdição do cruzamento da avenida Floriano Peixoto com a rua Maciel Pinheiro. Por causa da interdição, o trânsito na área central da cidade ficou congestionado e os motoristas reclamaram.
Inconformados com a presença de dezenas de fiscais impedindo a entrada de mercadorias informais no Centro, os ambulantes afirmaram que não têm condições de se instalar nos bairros periféricos da cidade. Segundo José Rafael, que comercializa CDs e DVDs na rua Maciel Pinheiro há mais de 5 anos, a procura dos clientes em áreas que não são centrais irá diminuir consideravelmente seu faturamento.
“No Centro da cidade passam pessoas de todos os bairros, de várias cidades, que já vêm comprar nossos produtos. Se eu for me instalar em um bairro, só vou poder vender lá, e a minha clientela irá diminuir. Nós queremos saber se a prefeitura não fará nada por nós, já que foi prometido que se fôssemos sair do Centro, nós iríamos ser colocados em um local próprio para o comércio”, disse José Rafael inconformado em ter que deixar de vender seus produtos no Centro.
Já o secretário de Serviços Urbanos de Campina Grande, Geraldo Nobre, apontou que esta decisão é judicial, portanto não há o que a prefeitura fazer diferente. Segundo ele, as calçadas são locais impróprios para o comércio, uma vez que os consumidores precisam ter liberdade para circular pelo Centro.
“Precisamos garantir o direito de ir e vir dos consumidores. As calçadas são locais impróprios para o comércio”, disse o secretário.
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