VIDA URBANA
Monitoramento de óleo no litoral da PB vai ser intensificado
Pesquisadores da UFPB devem ajudar no monitoramento, conforme acordado em reunião nesta terça-feira (22).
Publicado em 22/10/2019 às 16:52 | Atualizado em 23/10/2019 às 9:44
O trabalho de monitoramento do litoral paraibano deve ser intensificado por um laboratório da UFPB que desenvolve pesquisas na área de oceanografia, de acordo com o governador da Paraíba, João Azevêdo (PSB). O governador anunciou a parceria com a universidade numa reunião no palácio da redenção, em João Pessoa, nesta terça-feira (22).
Na reunião, estiveram presentes representantes das cidades paraibanas afetadas pelas manchas de óleo, além de órgãos de fiscalização do meio ambiente. O governador da Paraíba ainda disse que o encontro serviu para debates ações de combate ao avanço do óleo diante do que foi visto nos últimos dias no estado vizinho de Pernambuco.
De acordo com João Azevêdo, a intensificação do monitoramento objetiva diminuir os eventuais danos a serem causados por um possível retorno das manchas de petróleo nas praias da Paraíba. “Queremos que a parte da UFPB que estuda os oceanos seja responsável também e participe desse monitoramento das correntes marítimas. É claro que esse monitoramento já está sendo feito, queremos acelerar esse processo intensificar voos, essas vistorias a cada dia por conta da preocupação das manchas chegarem a nosso estado”, explicou o governador.
Ainda conforme o governador, a Paraíba não registrou efetivamente nenhuma grande mancha, mas sim pequenos resíduos em algumas praias, e estes já foram eliminados. Dados da Superintendência de Administração de Meio Ambiente da Paraíba (Sudema) apontam que a limpeza das praias paraibanas retiraram, até esta terça (22), cerca de 400 kg de petróleo no litoral paraibano. Os dados são referentes à cidade de Cabedelo, na grande João Pessoa, única cidade que quantificou o material removido.
A prefeitura do município do Conde segue limpando as praias, porém o trabalho tem sido dificultado pela localização das manchas, que estão nas pedras. No último sábado (19) um relatório divulgado pelo Ibama apontou que 16 praias e seis cidades da Paraíba foram atingidas por algum vestígio do petróleo bruto que se espalhou pelo litoral do Nordeste. A Paraíba foi o primeiro estado da região a notificar as autoridades navais e de meio ambiente sobre o óleo nas praia, em 30 de agosto de 2019, no Conde, Litoral Sul do estado.
O ponto com maior risco de novas aparições de petróleo na Paraíba é o litoral sul, conforme o capitão de fragata Godoy, da Capitania dos Portos da Paraíba. A área deve ser monitorada diariamente, já que é bem próximo do Pernambuco. “Até a última informação que tivemos, essa subida foi contida, permanecendo até o Recife [em Pernambuco]. A reunião é justamente para que seja dimensionado todos os recursos necessários para enfrentar esse problema, evitando prejudicar os arrecifes e os corais que existem no litoral paraibano”, comentou o capitão.
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