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VIDA URBANA

Batalhão faz resgate de 1,5 mil animais

De janeiro até agosto deste ano, 1.577 animais encontrados em uma dessas situações foram resgatados pelos policiais em João Pessoa e municípios da Região Metropolitana.

Publicado em 29/09/2013 às 8:00 | Atualizado em 14/04/2023 às 17:46


Transporte e venda ilegal de animais silvestres, além de espécies mantidas em cativeiro privado são as principais ocorrências registradas pelo Batalhão de Polícia Ambiental (BPAmb) da Paraíba. De janeiro até agosto deste ano, 1.577 animais encontrados em uma dessas situações foram resgatados pelos policiais em João Pessoa e municípios da Região Metropolitana.

As aves lideram o ranking de apreensões registradas até agosto, com 1.269 animais. Segundo informações da chefe da seção de fiscalização do BPAmb, tenente Adriana Ramalho, a maioria dos animais foram encontrados em residências localizadas em áreas próximas a matas. Na capital, os bairros mais comuns para o registro desse tipo de ocorrência são Baixo Róger, Mangabeira, Valentina Figueiredo e Cristo Redentor. Nos municípios vizinhos a João Pessoa, os casos ocorrem com mais frequência na zona rural dos municípios de Santa Rita e Cabedelo, próximo à Mata do Amém.

Segundo a polícia, os pássaros mais comuns são os de pequeno porte, como galo-de-campina, azulão, curió e canário-da-terra.

“A criação de animais acontece mais em bairros da periferia, nas comunidades. Em muitos casos, as pessoas mantém o hábito que a gente via no interior de criar pássaros em casa. Os flagrantes muitas vezes ocorrem quando os donos colocam os animais na calçada, durante a manhã e no final da tarde”, explicou a tenente.

Os répteis aparecem em segundo lugar, com 184 animais, principalmente espécies de cobras e jacarés, seguidos pelos mamíferos (122), como tamanduás e macacos pequenos, e por dois crustáceos (caranguejos).

RESGATE
De acordo com Adriana Ramalho, no caso dos mamíferos, as ocorrências são do tipo resgate. “Nas regiões mais próximas às matas, como uma parte de Santa Rita, muitos desses animais se perdem do bando e vão para as casas. As pessoas ligam e nós fazemos o resgate. Os criadouros são mais de aves”, completa a tenente.

Para fazer o resgate e trabalhar nas operações de apreensão de animais, o Batalhão de Polícia Ambiental da Paraíba dispõe de quatro viaturas com quatro componentes em cada uma. O mesmo efetivo é mantido durante os feriados e nos plantões noturnos. No entanto, o número de policiais ainda é considerado pequeno diante da demanda.

“Se a gente tivesse mais pessoas, trabalharíamos mais e, consequentemente, o número de fiscalizações e apreensões seriam maiores”, disse a tenente Adriana Ramalho.

ENTREGA VOLUNTÁRIA

Além das ações dos policiais, pessoas que estavam mantendo animais silvestres em ambiente doméstico também procuram o batalhão para fazer a entrega voluntária dos bichos e outras ainda contribuem com a polícia por meio de denúncias.
“Recebemos muitas ligações de gente que cria animal silvestre em casa, mas quer entregar e não sabe como proceder. São mais casos relacionados a pássaros. Se a pessoa entrega o animal voluntariamente, não pagará multa”, explicou a tenente.

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Jornal da Paraíba

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