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VIDA URBANA

Buracos causam mortes e Paraíba ainda tem 2 mil km de estradas de barro

No total, a malha rodoviária da Paraíba ultrapassa os 6,4 mil quilômetros, sendo 1,4 mil de estradas federais e o restante sob a administração do Estado.

Publicado em 25/04/2010 às 12:08

Por João Paulo Medeiros
Do Jornal da Paraíba

Quem está acostumado a trafegar de carro ou motocicleta, ou ainda caminhar às margens das rodovias federais e estaduais que cortam a Paraíba, além de terem de ‘escapar’ da imprudência de condutores, constata uma triste realidade: faltam sinalização, asfalto e acostamento em muitos trechos e sobram buracos e declives, o que provoca acidentes e mortes. Somente nas rodovias estaduais, mais de dois mil quilômetros (km) ainda são de barro e vários trechos das 123 PBs que unem as cidades paraibanas precisam de sinalização.

No total, a malha rodoviária da Paraíba ultrapassa os 6,4 mil quilômetros, sendo 1,4 mil de estradas federais e o restante sob a administração do Estado. No caso das rodovias federais, a situação é confortável e o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) no Estado garante que já investiu, nos últimos quatro anos com a restauração e construção de novas vias o montante aproximado de R$ 950 milhões, incluindo os recursos destinados à duplicação da BR-101 que está em andamento, melhorando consideravelmente a malha rodoviária federal das onze rodovias que cruzam a Paraíba.

No entanto, embora o Departamento de Estradas e Rodagens (DER) do Estado também tenha se esforçado para amenizar os desgastes, investindo cerca de R$ 32 milhões em obras de melhoramento e recuperação das estradas estaduais no ano passado, o quadro de alguns trechos é ainda mais preocupante e tem provocado tragédias e sérios prejuízos aos usuários.

Na rodovia estadual PB-079, por exemplo, no trecho de pouco mais de 25 km que liga as cidades de Alagoa Grande a Areia, no Brejo paraibano, a ausência de acostamentos e de sinalização, aliada à pouca largura e a deslizamentos de terra gerados pelas chuvas tornam o tráfego uma ‘aventura’. Em meio a curvas fechadas e galhos de árvores nos locais onde deveria existir o espaço do acostamento, carros e motocicletas passam ‘apertados’, aumentando o risco de acidentes.

Nesse mesmo trecho, no início deste mês, um acidente envolvendo dois ônibus da empresa que faziam a linha Campina Grande/Guarabira terminou com uma pessoa morta e mais de 30 feridas. Os veículo colidiram próximo de uma curva onde instantes depois havia acontecido um deslizamento de terra. No local do acidente, além de destroços e vidros quebrados dos automóveis, ainda restam o perigo e a falta de sinalização para indicar o risco de novos desmoronamentos. A barreira que teria contribuído para a colisão continua prestes a desabar, juntamente com duas árvores que estão a menos de dois metros da pista.

Mais adiante, no trecho de 13 km da rodovia PB-087, que liga Areia ao município de Pilões, as falhas são ainda mais evidentes. Estreita e com curvas inclinadas, a estrada concentra centenas de buracos que dificultam a passagem dos carros. Como ‘saldo’ das dificuldades, dezenas de cruzes e oratórios dispostos às margens da estrada servem para relembrar tragédias e mortes ocorridas. Em apenas uma das curvas, conhecida pelos moradores como a ‘Entrada do Mundo Novo’, já morreram 14 pessoas vítimas de acidentes nos últimos anos.

Os riscos são tantos que muitos motoristas evitam fazer o percurso. “As condições das estradas aqui de nossa região são péssimas, principalmente quando chove, que as águas abrem mais buracos e a situação fica pior. Para Pilões a gente já nem viaja mais”, relatou o taxista da cidade de Areia, Sebastião Clementino de Sousa.

As dificuldades nas rodovias paraibanas geram efeitos também para as entidades que precisam delas para prestarem serviço à população. De acordo com o Sindicato das Empresas de Transporte Rodoviários Intermunicipais de Passageiros da Paraíba (Setrans), as rodovias PB-087, PB-151, PB-075, PB -137, PB-097 e PB-121, localizadas nas regiões do Cariri, Curimataú e Sertão são as que mais enfrentam deficiências.

“Sobretudo no tempo de chuvas é comum aparecerem vários problemas e à medida que vamos detectando, repassamos as informações para os órgãos competentes. A PB-079 é o problema mais crítico pela falta de acostamento e sinalização, e esses fatores podem levar a acidentes; além de que evidentemente há prejuízos materiais causados por buracos e outras falhas”, observou o superintendente do Setrans, José Augusto Morosine.

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Jornal da Paraíba

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