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VIDA URBANA

Calçadas ainda são desafio

Publicado em 02/05/2013 às 8:00 | Atualizado em 13/04/2023 às 14:59

Andar pelas calçadas em alguns bairros de João Pessoa há muito tempo não tem sido uma tarefa fácil. Buracos, desnível do piso e ocupação irregular por ambulantes são os desafios mais frequentes dos pedestres para caminhar com segurança.

Segundo o Ministério Público e os representantes dos deficientes, as áreas com calçadas em situação mais crítica localizam-se principalmente no Centro e nas proximidades dos mercados públicos da capital.

A dona de casa Ivete Soares, de 58 anos, mora no bairro do Ernani Sátiro, em João Pessoa, e visita o Centro da capital pelo menos três vezes por semana. Nessas idas e vindas caminhando pelas calçadas de ruas próximas ao Parque Solon de Lucena, a dona de casa sofreu diversas quedas e, em uma delas, chegou a ficar 15 dias com um dos pés imobilizado.

“Estava andando próximo ao Centro de Passagem, quando tropecei em um buraco e machuquei o pé. Andar pelo Centro não é muito fácil porque nas calçadas a gente encontra buraco, lama e até esgoto estourado. A gente merece coisa melhor, pelo tanto de imposto que a gente paga”, desabafa.

As mesmas dificuldades enfrentadas por dona Ivete também são sentidas pelas amigas Adriana de Brito e Vera Lúcia, que muitas vezes têm que andar no meio da rua, porque as calçadas não estão acessíveis.

Além de representar risco de acidentes para idosos, gestantes e crianças, a precariedade na infraestrutura de alguns trechos de calçadas na capital também impede a locomoção dos portadores de necessidades especiais. Dados do Censo 2010 revelam que 1.045.962 paraibanos sofrem de algum tipo de deficiência, o que corresponde a 27,7% da população. Desse total, 823 mil apresentaram alguma dificuldade para enxergar e 320.805 declararam ter deficiência motora. Como é o caso do aposentado Reginaldo Faustino, de 48 anos. Reginaldo precisa se deslocar todos os dias por conta dos cursos e atividades que faz na Fundação de Apoio ao Deficiente (Funad) e, durante o percurso, tem sempre que transitar pelo Centro. “É um desrespeito o que acontece aqui. Quando as calçadas não estão com buracos, estão ocupadas por ambulantes, carros estacionados ou então sem a rampa. Por causa disso, já caí muitas vezes”, lamenta.

As queixas dos portadores de necessidades especiais são frequentes, principalmente no que diz respeito às rampas de acesso. “Constantemente encontramos as rampas de acesso bloqueadas porque tem um carro ou uma moto estacionados que impedem o acesso dos cadeirantes”, comenta Eslovan de Oliveira, assessor técnico da Funad. Os deficientes visuais passam pela mesma situação. “Tivemos uma melhoria nas calçadas da área da praia. Mas, os trajetos no Centro da cidade não são muito acessíveis e temos que andar pelas ruas, disputando espaço com os carros”, ressalta José Antônio, presidente do Instituto dos Cegos da Paraíba.

De acordo com a assessoria de comunicação da Secretaria de Infraestrutura (Seinfra) de João Pessoa, o órgão faz o monitoramento das calçadas de passeio público, como também as pessoas podem requerer o reparo diretamente à Seinfra. Já para as calçadas de residências ou pontos comerciais, a assessoria informou que a responsabilidade é do proprietário.

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Jornal da Paraíba

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