Campanha contra homofobia na PB

'Homofobia no Trabalho: Você não tem esse direito' é a nova campanha institucional do Ministério Público do Trabalho na Paraíba (MPT-PB), lançada na manhã de ontem, durante café da manhã na sede da Ordem dos Advogados do Brasil seccional Paraíba (OAB-PB), no Centro de João Pessoa, em parceria com o Movimento do Espírito Lilás (MEL), entidade de Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transexuais (LGBT).

A campanha será veiculada por meio de um vídeo nas principais emissoras de televisão do Estado, com o objetivo de articular ações públicas de enfrentamento ao preconceito e discriminação no mercado de trabalho. O vídeo exibe a realidade de um personagem homossexual que sofre discriminação no ambiente de trabalho e ressalta a necessidade do respeito e da conscientização no combate à pratica homofóbica no ambiente profissional. O curta-metragem foi realizado por uma agência de publicidade da capital.

Para o idealizador da campanha, o procurador do Trabalho, Eduardo Varandas Araruna, essa é uma iniciativa de grande importância, uma vez que é a primeira campanha promovida por um órgão público, em parceria com uma Organização Não Governamental (ONG) contra a homofobia no local de trabalho. “Não podemos aceitar que em pleno século 21, as pessoas sejam excluídas do trabalho digno, em face de sua orientação sexual. A Constituição Federal prega a igualdade, não a discriminação. Por isso, iremos lutar pela efetivação desses princípios na relação de trabalho ”, declarou.

Já o presidente do MEL, Renan Palmeira, ressaltou que o foco da campanha é buscar executar e articular ações públicas de enfrentamento ao preconceito e discriminação no ambiente de trabalho, “visando elaborar estratégias de inclusão social da população LGBT nas relações de trabalho e geração de renda, a fim de defender e garantir os direitos humanos da diversidade sexual nas relações trabalhistas”.

Renan Palmeira ainda destacou que a exclusão e discriminação da população LGBT no mercado de trabalho representa a negativa do direito à cidadania e da dignidade humana. “Assim, aumenta a vulnerabilidade e as dificuldades desse grupo na sociedade, que já são discriminados por relações homofóbicas”, disse. Para confeccionar o vídeo da campanha, o MPT usou valores das multas aplicadas pelo órgão em processos de execução.