VIDA URBANA
Centro de Campina Grande é local de frequentes assaltos
Muitos delitos são cometidos por adolescentes que agem armados com facas ou outros objetos cortantes.
Publicado em 14/10/2012 às 11:06
Nos últimos dias, o Centro de Campina Grande tem se tornado um local onde frequentemente os bandidos têm assaltado e assustado a população. De acordo com informações da Polícia Militar (PM), o bairro é o que registra o maior número de ocorrências diárias. Em média, o Centro de Operações da Polícia Militar (Copom) registra 16 chamados por dia só na área central.
Apesar da segurança ser reforçada nessa área, em alguns pontos como a rua 13 de Maio, Praça Clementino Procópio, Praça da Bandeira e também nas proximidades da Catedral Nossa Senhora da Conceição, na Avenida Floriano Peixoto, os assaltos ocorrem com frequência.
Ainda conforme informações da PM, muitos delitos são cometidos por adolescentes que agem armados com facas ou outros objetos cortantes. Muitos deles, segundo a polícia, roubam para sustentar o vício das drogas e pagar dívidas com o tráfico. Os objetos levados variam de aparelhos celulares até mesmo bolsas e mochilas de estudantes. Os produtos são vendidos a receptadores ou trocados por drogas, segundo a PM.
As vítimas relatam que as ações são rápidas e ocorrem a qualquer hora do dia. Há cerca de um mês e meio quem foi alvo da ação dos criminosos, por volta das 11h, na rua Maciel Pinheiro, foi a professora Michaela Almeida, 23 anos. A professora contou que foi surpreendida pelo bandido, que puxou a bolsa dela tentando tirar o celular de dentro. “Ele me agarrou pelas costas e puxou minha bolsa, mas não conseguiu tirar o celular, então começou a mandar passar o celular pra ele", contou Michaela. Ela também disse que os policiais devem se espalhar mais pelo centro e permanecer por mais tempo nas ruas. “A polícia tem que ocupar mais ruas do centro e ficar por mais tempo transitando por lá”, disse a professora.
Outra vítima recente da ação dos criminosos foi o auxiliar de loja Joilson Sena da Silva, 24 anos, assaltado há cerca de um mês, por volta das 18h, na rua Antônio Francisco da Silva, conhecida como Beco do Açúcar.
“Eu tinha saído do trabalho e estava voltando para casa quando fui abordado por dois homens de moto. Um deles estava com um revólver e pediu para eu passar o celular”, contou Joilson. Ele também revelou que não se sente seguro ao andar por determinadas ruas do centro, pois falta policiamento após as 18h.
“Tem rua no centro que eu evito passar e sem contar que à noite, quando saio do trabalho, raramente tem policiais nas ruas. Acho que os policiais deveriam ficar no centro até mais tarde”, disse o auxiliar de loja.
Conforme informações da Polícia Militar, diariamente, entre três e cinco pessoas são presas ou apreendidas praticando algum tipo de crime nas ruas centrais da cidade.
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