VIDA URBANA
CG: Trauma denuncia faltosos
Direção do Hospital de Trauma de Campina Grande denunciou 17 servidores por faltarem aos plantões sem justificar.
Publicado em 10/01/2013 às 6:00
A direção do Hospital de Trauma de Campina Grande denunciou 17 servidores da unidade de saúde que estariam faltando constantemente ao serviço, especialmente durante os finais de semana e feriados, quando o número de atendimentos aumenta no hospital. O Boletim de Ocorrência (BO) foi registrado na 4ª Delegacia Distrital (DD), no bairro do Catolé, ontem pela manhã.
Segundo o diretor técnico do Trauma, Flawber Cruz, a inassiduidade habitual pode provocar sérios danos aos pacientes, inclusive com a morte de pessoas que necessitam de serviços urgentes.
O diretor informou que apenas um dos denunciados é prestador de serviço e acabou pedindo demissão ainda ontem, depois que soube da denúncia à Polícia Civil. “Os demais servidores são todos efetivos e não sei se, por isso, se sentem mais à vontade para faltar ao serviço. Nós resolvemos denunciar o fato porque isso já está acontecendo há seis meses, alguns destes servidores chegaram a faltar até 20 plantões, sem nenhuma justificativa durante este tempo”, explicou.
De acordo com ele, dentre os servidores denunciados estão: nove técnicos em Enfermagem, dois enfermeiros e mais seis técnicos em Radiologia e farmacêuticos. “Nós temos hoje 1.800 funcionários e o número registrado na denúncia pode até ser considerado pequeno, mas levando em consideração o número de atendimentos diários, cerca de 500, na área da saúde isso é muito preocupante”, informou.
O diretor explicou que muitos destes servidores atuam nas chamadas “áreas vermelhas”, que são locais onde funcionam as Unidades de Terapia Intensiva (UTI) e onde se encontram os pacientes em estado mais grave de saúde. Ele também informou que antes da decisão pela denúncia à Justiça, os servidores foram convocados para uma reunião e, mesmo assim, não apresentaram nenhuma justificativa pelas faltas frequentes.
“Vamos abrir um Procedimento Administrativo Disciplinar para a punição destes servidores, que inclusive já sofreram penalidades como a suspensão, mas isso não inibiu as faltas, e agora eles deverão responder penal e civilmente pela inassiduidade”, contou. Conforme o assessor jurídico do hospital, Ítalo Clementino, a atitude dos funcionários é considerada um ilícito administrativo e o caso deverá ser encaminhado à Secretaria Estadual de Saúde para a abertura do inquérito.
A delegada responsável pelo caso, Mairam Moura, informou que deverá analisar agora os documentos que comprovam as faltas, averiguando se os atestados apresentados pelos plantonistas são ou não falsos. “Depois da apuração dos documentos, vamos interrogar os solicitantes e posteriormente os servidores que estão sendo acusados”, explicou. Conforme Flawber Cruz, ainda correm na Justiça os processos ocasionados por denúncias realizadas ano passado, devido a faltas do feriado de 7 de Setembro. As denúncias aconteceram contra outros funcionários do local, inclusive médicos.
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