VIDA URBANA
Combate aos 'gatos' de energia evita prejuízo de mais de R$ 10 mi na Paraíba
Conforme a Energisa, conta de luz seria 5% mais barata caso não tivesse furto.
Publicado em 18/04/2017 às 10:53
O furto de energia elétrica poderia ter gerado um prejuízo de cerca de R$ 10,6 milhões em toda a Paraíba, somente nos três primeiros meses deste ano, caso os locais onde foram identificados desvios não tivessem sido regularizados. De acordo com o levantamento da Energisa, a concessionária conseguiu regularizar a situação de 3.794 unidades consumidoras, que geravam uma perda de energia de 20.205 mega watt-hora (MWh), número que poderia atender 49.522 residências. O combate ao furto de energia tem sido feito por meio da campanha 'Você sabe o que é certo. Errado é fazer gato'
Segundo o gerente do Departamento de Medição e Combate a Perdas da Energisa, Fabrício Sampaio Medeiros, foram realizadas 11.991 inspeções no Estado. “Estamos com uma equipe de profissionais 40% maior do que em 2016 atuando exclusivamente nesta ação de fiscalização. Nossa meta é reduzir os R$ 78 milhões registrados ano passado por furto de energia, quando o índice estimado de perda somente em João Pessoa foi de 154.885 MWh, número que representou 3,18% da energia distribuída em toda cidade”, afirmou.
Além dos prejuízos, os gatos geram impacto direto na arrecadação estadual de ICMS, tendo contribuído para que o valor fosse quase R$ 17,5 milhões inferior no ano passado e pouco mais de 2 milhões e 500 mil somente neste primeiro trimestre de 2017, conforme a companhia. A Energisa informou, ainda, que se não existissem gatos a conta de energia elétrica seria cerca de 5% mais barata para os consumidores, já que pelo modelo de composição da tarifa definida pelo órgão regulador, a Aneel, todos pagam parte do prejuízo provocado pelos gatos.
Fazer 'gatos' pode causar acidentes
A Energisa alerta que a prática de furto de energia coloca em risco vidas, pois pode causar choque elétrico, além de aumentar a probabilidade da ocorrência de incêndios por conta da sobrecarrega na rede e provocar instabilidade no fornecimento podendo resultar na queima de equipamentos elétricos não apenas de quem faz o gato, mas da vizinhança inteira. “É importante lembrar que o desvio de energia é um crime previsto no código penal. Neste primeiro trimestre, a Energisa contou com apoio policial em 18 ações que geraram prisões e processos criminais”, finalizou Fabrício Sampaio Medeiros.
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