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VIDA URBANA

Coral dá oportunidade para crianças carentes

Coral Vozes da Infância tem tirado crianças em situação social de risco e incluido através da arte.

Publicado em 30/09/2012 às 8:00

Aos 10 anos, o estudante João Victor Ferreira já tinha o sonho de ser artista e trabalhar no meio musical. Mas, filho de pais desempregados e o mais velho de sete irmãos, o sonho parecia muito distante da realidade que lhe rodeava. Foi quando surgiu a oportunidade de fazer parte do Coral Vozes da Infância, há quase dois anos. João Victor não titubeou: fez a inscrição e, cheio de curiosidade e excitação, teve o primeiro contato real com a música.

Assim como ele, outras crianças e adolescentes cheios de sonhos e sem muitas oportunidades encontraram no coral um caminho para lutar por seus objetivos. Para esses jovens, muitos deles inseridos em realidades sociais difíceis, participar do coral vai além de fazer arte. A experiência permite que eles construam uma visão diferente do mundo e transformem sonhos em possibilidades reais.

“Antes de começar no coral, eu já tinha vontade de cantar e de ter meu violão, mas isso parecia impossível. Agora que sei que posso, meu objetivo é ser um bom músico e comprar uma casa”, revela João Victor, que conheceu o coral por meio da professora de educação artística de sua escola.

Atualmente com 12 anos, ele é um dos destaques do grupo, mas precisou enfrentar alguns obstáculos para conseguir se estabelecer no coral. Ainda nos primeiros meses, a mãe dele, Josefa Francisca Ferreira, pensou em afastá-lo do coro por estar enfrentando dificuldades financeiras. Ela conta que não tinha mais condições para manter alguns gastos básicos. “Houve momentos em que eu me vi muito estressada e disse que ele não ia mais. Eu estava sem emprego, ele não tinha roupa para ir aos ensaios e eu não tinha como comprar”, recorda. Segundo ela, os problemas já estavam prejudicando seu filho na escola.

Mas esse foi um dos obstáculos superados na vida da família de João Victor. Por intermédio da coordenação do coral, Josefa conseguiu um trabalho como merendeira em uma escola da rede municipal, o que possibilitou a permanência do menino no coro.

João Victor considera a música o dom mais importante que ele descobriu, pois foi, além de um encontro artístico, uma forma de ajudar a família. “A gente passou muita necessidade. Às vezes a minha família não tinha nem um prato de alimento e a música me ajudou a passar por tudo isso”, lembra, emocionado.

Assim como João Victor, outras crianças precisaram superar dificuldades para se manterem firmes no Coral Vozes da Infância. É o caso de Larissa Kátia, 14 anos, que passou a integrar o coral no final do ano passado, sem grandes convicções. No início, a menina não se mostrava interessada em aprender, pois não acreditava no trabalho e nem no próprio potencial.

Segundo conta, só aos poucos ela percebeu a importância de fazer parte do projeto – e, a partir de então, começou a traçar objetivos para sua vida. “Antes de entrar no coral eu não tinha um sonho. Não pensava no que ia fazer quando crescesse e nem tinha incentivo para isso. Agora estou encontrando um caminho”, diz, acrescentando que o coral também a ajudou a desenvolver gosto por instrumentos musicais. Desde que cantou com a Orquestra Sinfônica da Paraíba, a menina sonha em fazer parte da equipe de músicos.

Em quase 2 anos de contato com a música, as crianças percebem que estão diferentes, tanto do ponto de vista artístico quanto pessoal. A preparadora corporal e vocal das crianças, Soraia Bandeira, destaca Larissa Kátia como um exemplo de como essas mudanças podem acontecer. “Ela ficava rindo durante os exercícios, sempre brincando. Com o passar do tempo, alguma coisa a fez despertar e hoje ela é concentrada e disciplinada”, conta.

Para os integrantes do coral, a recompensa de todo o esforço é o momento de estar no palco. “A música, para mim, significa superação. Aquilo que aprendemos se concretiza quando subimos no palco. Nesses momentos, sinto um arrepio de emoção”, diz Larissa.Aos 10 anos, o estudante João Victor Ferreira já tinha o sonho de ser artista e trabalhar no meio musical. Mas, filho de pais desempregados e o mais velho de sete irmãos, o sonho parecia muito distante da realidade que lhe rodeava. Foi quando surgiu a oportunidade de fazer parte do Coral Vozes da Infância, há quase dois anos. João Victor não titubeou: fez a inscrição e, cheio de curiosidade e excitação, teve o primeiro contato real com a música.

Assim como ele, outras crianças e adolescentes cheios de sonhos e sem muitas oportunidades encontraram no coral um caminho para lutar por seus objetivos. Para esses jovens, muitos deles inseridos em realidades sociais difíceis, participar do coral vai além de fazer arte. A experiência permite que eles construam uma visão diferente do mundo e transformem sonhos em possibilidades reais.

“Antes de começar no coral, eu já tinha vontade de cantar e de ter meu violão, mas isso parecia impossível. Agora que sei que posso, meu objetivo é ser um bom músico e comprar uma casa”, revela João Victor, que conheceu o coral por meio da professora de educação artística de sua escola.

Atualmente com 12 anos, ele é um dos destaques do grupo, mas precisou enfrentar alguns obstáculos para conseguir se estabelecer no coral. Ainda nos primeiros meses, a mãe dele, Josefa Francisca Ferreira, pensou em afastá-lo do coro por estar enfrentando dificuldades financeiras. Ela conta que não tinha mais condições para manter alguns gastos básicos. “Houve momentos em que eu me vi muito estressada e disse que ele não ia mais. Eu estava sem emprego, ele não tinha roupa para ir aos ensaios e eu não tinha como comprar”, recorda. Segundo ela, os problemas já estavam prejudicando seu filho na escola.
Mas esse foi um dos obstáculos superados na vida da família de João Victor. Por intermédio da coordenação do coral, Josefa conseguiu um trabalho como merendeira em uma escola da rede municipal, o que possibilitou a permanência do menino no coro.

João Victor considera a música o dom mais importante que ele descobriu, pois foi, além de um encontro artístico, uma forma de ajudar a família. “A gente passou muita necessidade. Às vezes a minha família não tinha nem um prato de alimento e a música me ajudou a passar por tudo isso”, lembra, emocionado.

Assim como João Victor, outras crianças precisaram superar dificuldades para se manterem firmes no Coral Vozes da Infância. É o caso de Larissa Kátia, 14 anos, que passou a integrar o coral no final do ano passado, sem grandes convicções. No início, a menina não se mostrava interessada em aprender, pois não acreditava no trabalho e nem no próprio potencial.

Segundo conta, só aos poucos ela percebeu a importância de fazer parte do projeto – e, a partir de então, começou a traçar objetivos para sua vida. “Antes de entrar no coral eu não tinha um sonho. Não pensava no que ia fazer quando crescesse e nem tinha incentivo para isso. Agora estou encontrando um caminho”, diz, acrescentando que o coral também a ajudou a desenvolver gosto por instrumentos musicais. Desde que cantou com a Orquestra Sinfônica da Paraíba, a menina sonha em fazer parte da equipe de músicos.

Em quase 2 anos de contato com a música, as crianças percebem que estão diferentes, tanto do ponto de vista artístico quanto pessoal. A preparadora corporal e vocal das crianças, Soraia Bandeira, destaca Larissa Kátia como um exemplo de como essas mudanças podem acontecer. “Ela ficava rindo durante os exercícios, sempre brincando. Com o passar do tempo, alguma coisa a fez despertar e hoje ela é concentrada e disciplinada”, conta.

Para os integrantes do coral, a recompensa de todo o esforço é o momento de estar no palco. “A música, para mim, significa superação. Aquilo que aprendemos se concretiza quando subimos no palco. Nesses momentos, sinto um arrepio de emoção”, diz Larissa.

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Jornal da Paraíba

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