VIDA URBANA
Custo da cesta básica tem redução de 2,23% no mês de junho em João Pessoa
A capital paraibana tem o terceiro menor valor do preço dos produtos, segundo o Dieese.
Publicado em 06/07/2020 às 12:00 | Atualizado em 06/07/2020 às 13:07
O valor da cesta básica em João Pessoa caiu 2,23% no mês de junho, em relação a maio. Os dados da Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos (tomada especial devido à pandemia do coronavírus), realizada pelo Dieese e divulgadas nesta segunda-feira (6), indicaram que os preços do conjunto de alimentos básicos, necessários para as refeições de uma pessoa adulta durante um mês, custou em junho R$ 430,44 na capital paraibana, a terceira mais barata dentre as 17 capitais pesquisadas.
Quando se compara o custo da cesta e o salário mínimo líquido, ou seja, após o desconto referente à Previdência Social (alterado para 7,5% a partir de março de 2020, com a Reforma da Previdência), verifica-se que o trabalhador remunerado pelo piso nacional comprometeu, em junho, na média, 44,53% do salário mínimo líquido para comprar os alimentos básicos para uma pessoa adulta.
Os produtos com alta de preço médio em relação a maio foram: feijão (9,84%), arroz (5,20%), pão (3,90%), leite (3,39%), carne (1,93%), açúcar (0,43%), óleo (0,42%). Já os que empurraram a redução de preço médio em relação a maio foram: tomate (-23,60%), farinha (-3,97), manteiga (-2,62%), café (-1,64%), banana (-0,82%).
O levantamento do Dieese também calculou o tempo médio necessário para adquirir os produtos da cesta, que em junho, na capital, foi de 90 horas e 37 minutos. O tempo, no entanto, é menor do que a média nacional, que ficou em 99 horas e 36 minutos.
Apesar da redução em junho, a variação no ano do curso da cesta básica em João Pessoa é de 15,23% e de 7,96% nos último 12 meses.
Pesquisa remota
Em 18 de março, devido à pandemia do coronavírus, o Dieese suspendeu a coleta presencial de preços dos produtos que fazem parte da Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos nas 17 capitais onde o levantamento é feito mensalmente (os dados parciais de março foram divulgados no final daquele mês). Ciente da importância da pesquisa, sobretudo em um momento como esse, no qual a economia toda também é afetada, e para evitar um apagão de dados sobre os preços dos principais produtos básicos de alimentação, a entidade fez um esforço para repensar a forma de continuar a levantar os valores da cesta a partir de abril.
A solução encontrada foi uma tomada de preços nos estabelecimentos que fazem parte da amostra regular da pesquisa, por telefone, e-mail, consultas na internet e em aplicativos de entrega. Diferente da pesquisa presencial, a entidade encontrou inúmeras dificuldades nessa coleta, entre elas a ausência de dados em sites, aplicativos ou a recusa dos funcionários dos estabelecimentos, atribulados pelo trabalho em tempo de pandemia, em repassar os preços por telefone ou e-mail. Os problemas obrigaram o Dieese a reduzir e modificar a amostra original.
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