Delegacia apura golpe na venda de imóveis

O caso mais recente sob investigação da Delegacia de Defraudações e Falsificações é o do acusado de estelionato Sírio Henrique Dias de Almeida Costa, que estaria se passando por corretor de imóveis para firmar falsos contratos de compra de imóveis na capital. “Chegamos até ele depois que uma das vítimas foi à Caixa Econômica Federal e descobriu que não existia nenhum imóvel em seu nome”, relata Cartello.

Depois que Sírio foi desmascarado pela polícia, pelo menos outras dez vítimas foram à delegacia prestar queixa contra ele, comenta o delegado. “Em cada golpe ele embolsava de R$ 20 mil a R$ 30 mil. Era um negócio rentável e acreditamos que haja outras vítimas e que ele continue agindo, já que ele sabe que a lei é frágil e o manterá em liberdade”, diz.

Uma das vítimas foi o José (nome fictício). Ele conta que chegou ao falso corretor através de outras duas amigas, que também foram vítimas do golpe. “Confiei porque ele tinha documentação de que era dono de construtora e disse que, como a gente tinha pouco tempo disponível para resolver as questões burocráticas, se encarregaria de tudo. Como estava sempre ligando, não achei que fosse uma fraude”, disse.

José depositou um sinal de R$ 12 mil na conta de Sírio e só percebeu que se tratava de um golpe quando, ao ser informado por ele que o contrato estava pronto na Caixa Econômica Federal, procurou a imobiliária e descobriu que Sírio nunca trabalhou para a empresa.

“Uma de minhas amigas procurou o Conselho dos Corretores de Imóveis da Paraíba (Creci-PB) e descobriu que ele não tinha registro. Marcamos com ele na Caixa, a fim de tentar pegá-lo em ação, mas, como não houve flagrante, ele foi apenas encaminhado à delegacia, ouvido e em seguida liberado”, conta.

Depois de desmascarado, segundo relata José, o falso corretor entregou seis dos R$ 13 mil entregues por uma de suas amigas de sinal para compra de um apartamento.

“O meu até hoje não recebi. Ele ainda me liga dizendo que vai devolver, mas até agora nada”, comentou José.