VIDA URBANA
Equoterapia será implantada na sede da Apae em Areia
Ministério Público do Trabalho destinou R$ 120 mil oriundos de multas judiciais para a construção da área que oferecerá o serviço na cidade.
Publicado em 18/07/2015 às 9:10
Luiz Eduardo tem nove anos, é autista e tem paralisia cerebral, mas sempre se sente tranquilo quando brinca com animais. A esperança de sua mãe, Lúcia Soares, é que o filho melhore com as aulas de Equoterapia na Associação de Pais e Amigos Excepcionais (Apae) do município de Areia. O garoto é uma das 60 crianças que serão atendidas com a implantação do projeto, que faz parte de uma destinação de multas de processos judiciais do Ministério Público do Trabalho na Paraíba. O órgão forneceu cerca de R$ 120 mil para a construção do espaço.
“Nós estamos muito animados e esperançosos. O nosso sonho era ter a equoterapia aqui na instituição. Como mãe, eu acredito que ele [Luiz Eduardo] irá melhorar bastante, pois vemos vários exemplos de crianças que estão evoluindo com o método”, afirma Lúcia.
A instituição, para a destinação das verbas, foi indicada pelo procurador do Trabalho de Campina Grande, Raulino Maracajá. “O projeto é encantador e trará benefícios incalculáveis para os alunos e usuários. O MPT é parceiro de todo e qualquer projeto que tenha como escopo a transformação social”.
Reconhecida como tratamento pelo Conselho Federal de Medicina, a Equoterapia é um método terapêutico que utiliza o cavalo dentro de uma abordagem interdisciplinar e traz para as pessoas com deficiência e/ou necessidades especiais vários benefícios neuromotores e psicossociais, tais como: melhora no equilíbrio, na coordenação motora, na força muscular, aumenta a concentração, a autoestima, o autocontrole, entre outras vantagens.
Para Josilene Castro, diretora e psicóloga da Apae de Areia, o auxílio do MPT no projeto foi de grande importância. “Com a equoterapia sendo implantada aqui na Apae, nós poderemos ajudar ainda mais pessoas, já que entre os alunos 60% são da instituição e 40% da comunidade”, conta.
Além do MPT, o projeto conta com a parceria do juiz titular da Vara do Trabalho de Areia, Juarez Duarte Lima; do Campus II da Universidade Federal da Paraíba, através dos professores Lindomárcia Costa (setor de Zootecnia), Ana Cristina Daxenberger (setor de Educação) e Suedney Silva (setor de Medicina Veterinária) e de João Francisco Batista de Albuquerque, responsável pela doação de um dos cavalos.
A equipe da Equoterapia será composta pela fisioterapeuta Éllida Lemos, pela psicóloga Josilene Castro, pela fonoaudióloga Isa Vasconcelos e pela pedagoga Flaviana Oliveira.
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