Escolas fecham e ofertas de vagas diminuem

Os pais e responsáveis pelos alunos da rede privada de ensino de Campina Grande precisam se apressar para efetuar as matrículas para o próximo ano letivo, já que com o encerramento das atividades pedagógicas em dois colégios da cidade haverá um déficit de pelo menos 1.100 vagas.

Na última terça-feira, a direção do Colégio Cacildiva, que funciona há 40 anos no bairro da Liberdade, anunciou oficialmente que em 2012, a instituição vai dar continuidade ao trabalho educacional atendendo a um público de perfil diferente.

“Temos um projeto em parceria com a Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), nossa ideia é utilizar o prédio para desenvolver as atividades do Programa Interdisciplinar de Apoio à Terceira Idade”, disse o diretor Severiano Agra. O colégio tem um quadro de 400 alunos, que serão relocados para outros colégios.

Situação semelhante aconteceu em novembro, quando cerca de 700 estudantes do Complexo Educacional Regina Coeli, situado às margens do Açude Velho, com 51 anos de existência, foram surpreendidos com o anúncio do fechamento definitivo da instituição. A reportagem do JORNAL DA PARAÍBA tentou falar com a direção para saber o motivo do fechamento do Regina Coeli, mas não obteve êxito.

Segundo o presidente do Sindicato dos Estabelecimentos Particulares de Ensino de Campina Grande (Sinetec), Paulo Loureiro, o quadro é preocupante. “As escolas existentes não têm condições de extrapolar o número de vagas, além disso, existe o compromisso com os alunos antigos que têm prioridade no momento da matrícula”, destacou.

Para Paulo, o fechamento das instituições é uma perda significativa para a rede de ensino da cidade, que precisará de tempo para voltar à normalidade. “Com o passar do tempo, a tendência é que o mercado absorva estes alunos, mas o aumento da capacidade de vagas só pode acontecer a longo prazo, pois a instituição precisa de planejamento para ampliação”, explicou.