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VIDA URBANA

Estrutura da FAP não comporta a demanda e cirurgias atrasam

Mais de 50% das autorizações de internação no hospital, são para cirurgias; instituição conta apenas com cinco salas cirúrgicas para atender a demanda.

Publicado em 29/08/2012 às 6:00


Cerca de 400 mil autorizações de internação são registradas todos os meses na Fundação Assistencial da Paraíba (FAP), em Campina Grande. Deste número, mais de 50% são de cirurgias. A grande demanda acaba provocando atrasos nas cirurgias, já que, segundo o gerente técnico do hospital, Fábio Piquet, a estrutura acabou se tornando deficiente frente a tantas solicitações. O gerente informou que apenas cinco salas estão disponíveis para atender os procedimentos cirúrgicos.

O pai do funcionário público Emanoel Messias de Arruda, o aposentado Cícero Crisaldo de Arruda, 73 anos, está precisando passar por uma cirurgia delicada para o tratamento de um câncer retal, mas por duas vezes teve seu procedimento cancelado. “A cirurgia foi marcada para junho e cancelada, remarcada para o dia 30 deste mês e cancelada de novo. A explicação que tivemos foi de que não há equipe médica para fazer a cirurgia”, lamentou o familiar.

O gerente técnico da FAP, Fábio Piquet, explicou que em casos específicos como esse é necessário uma equipe de médicos que seja suficiente para realizar o procedimento. “Estamos em busca de mais profissionais para realizar a cirurgia, que será feita, mas não podemos contratar especialistas a valores extravagantes”, disse. Segundo ele, são mais de dez cirurgiões no hospital, mas o problema não é a quantidade de profissionais, mas sim a estrutura do local, que não está conseguindo atender a demanda de cirurgias. “A FAP possui cinco salas de operação, uma delas está disponível para a obstetrícia e, às vezes, até duas são para esse setor, que representa quase 50% de cirurgias realizadas no hospital. As salas também precisam ser higienizadas após os procedimentos e tudo isso demanda tempo”, contou. O gerente lembrou que a FAP é uma entidade filantrópica e que funciona com doações.

A secretária de Saúde do município, Marisa Agra, informou que o município depende de verbas federais para custear o teto financeiro estabelecido pelo Sistema Único de Saúde (SUS) para os procedimentos. Ela ressaltou, contudo, que o município tem repassado todos os recursos às unidades hospitalares conveniadas.

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Jornal da Paraíba

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