Estudantes acusam PMs de agressão

Depois de se envolverem em uma confusão durante comemoração da vitória do professor Roberto Queiroga na eleição para escolha do diretor do campus de Pombal da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), na madrugada da última quinta-feira, estudantes da instituição se desentenderam com policiais militares que foram chamados para controlar a briga entre os universitários e acusam a PM de abuso de autoridade e agressão.

O fato aconteceu quando os estudantes que apoiavam o docente vitorioso se encontraram com estudantes que apoiavam a candidatura da professora Alfredina Santos (derrotada no pleito), em um bar, no centro de Pombal. De acordo com informações repassadas por testemunhas, por volta das 3h da madrugada, os universitários, que estariam embriagados, iniciaram um bate boca que progrediu para uma briga generalizada, envolvendo cerca de 20 pessoas.

O dono do bar acionou a polícia, que chegou ao local em uma viatura e com efetivo de dois policiais. Ao tentarem controlar a briga, os policiais foram acuados pelos estudantes e pediram socorro, via rádio, porque, em menor número, estavam sendo agredidos. Mais duas viaturas com três policiais cada chegaram ao bar e, para tentar livrar os colegas das agressões, teriam usado a força.

Lindemberg Oliveira Sabino, do Diretório Central dos Estudantes da UFCG-Pombal, afirmou que os policiais foram truculentos com os jovens e chegaram a agredir fisicamente uma das estudantes que estavam no bar com um tapa no rosto. Cinco estudantes foram detidos e levados para a delegacia, por desacato, desordem e ameaça. Segundo Lindemberg, os jovens só teriam sido liberados após assinarem um termo, garantindo que não iriam processar os policiais pelas agressões sofridas.

O comandante da PM de Pombal, capitão Ismael Cunha Lima, disse à reportagem do JORNAL DA PARAÍBA que os estudantes partiram para agressão física contra os policiais, chegando a desferir golpes na cabeça dos PMs, além de xingar os mesmos, chamando-os de burros e ameaçando rasgar as fardas dos policiais. “A polícia, para não ser ainda mais violentada, teve que usar da força para controlar a briga generalizada que estava acontecendo, mas em nenhum momento agrediu nenhum estudante”, disse. As denúncias de agressão serão investigadas pela Polícia Civil, que está acompanhando o caso.