VIDA URBANA
Estudantes do Unipê protestam contra reajuste nas mensalidades
Professores e alunos foram impedidos de entrar no campus e trânsito ficou prejudicado durante manifestação de alunos do Unipê.
Publicado em 10/11/2011 às 6:30
Estudantes do Centro Universitário de João Pessoa (Unipê) fecharam os portões da instituição, em Água Fria, e impediram o acesso de professores e alunos durante toda a manhã de ontem.
Os estudantes protestaram contra um suposto aumento de 12% nas mensalidades a serem pagas em 2012, reclamaram das mudanças no processo seletivo para bolsistas e fizeram uma série de outras reivindicações.
O movimento deixou o trânsito lento e causou transtornos para quem precisou passar pelo local. Após mais de três horas de protesto, os manifestantes decidiram liberar as entradas, que estavam bloqueadas desde o início da manhã por pneus, pedras, metralhas e com cadeados.
Faixas pretas e nariz de palhaço foram utilizados pelos estudantes durante a ação. “Nós queremos que a reitora assine um documento que assegure a todos os alunos que as mensalidades não serão reajustadas. Nós entregamos à Reitoria todas as nossas reivindicações, mas não recebemos nenhuma resposta,” explicou o representante estudantil, Gregory Michel.
Na pauta de reivindicações os alunos também exigem que o processo de distribuição das bolsas seja mais criterioso. “Hoje, o processo é todo feito pela internet, ou seja, a pessoa declara o que quiser. Nós queremos que durante o processo todos os candidatos sejam submetidos a entrevistas com uma assistente social para que a real necessidade da bolsa seja analisada,” completou Gregory Michel.
Após três alunas terem sido assaltadas no interior da universidade, os estudantes afirmam que falta segurança no campus e maior controle na entrada de pessoas. Os universitários revelaram que criminosos armados teriam livre acesso ao Unipê e que no período noturno a maioria dos crimes acontecem nos estacionamentos.
Para garantir que as aulas acontecessem ontem, o centro conseguiu na Justiça uma liminar que obrigava os manifestantes a liberarem os portões de entrada da instituição.
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