VIDA URBANA
Estudo mostra que 42% dos domicílios da PB não têm esgotamento sanitário
Batalhão de 457 mil famílias paraibanas, o que representa 42% do total de domicílios no Estado, não é coberto pela rede coletora de esgoto ou por fossas.
Publicado em 22/07/2010 às 15:04
Da Redação
Com informações da assessoria
Um batalhão de 457 mil famílias paraibanas, o que representa 42% do total de domicílios no Estado, não é coberto pela rede coletora de esgoto ou por fossas sépticas. Esta é a sexta pior cobertura do país, ganhando apenas de Goiás, Alagoas, Rio Grande do Norte, Pernambuco e Ceará. Os problemas relacionados ao saneamento básico na Paraíba ainda incluem 242 mil domicílios que não têm acesso à rede geral de abastecimento de água e 212 mil que não contam com a coleta de lixo. Para se ter uma idéia, há mais gente com acesso a telefone (785 mil casas) do que ao esgotamento (629 mil casas). Mesmo na capital, João Pessoa, menos da metade de população (49,8%) conta com esse serviço.
Os dados são do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), através da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad/2008) e revelam um quadro de exclusão social que será discutido nesta sexta-feira (23) no auditório da Delegacia Regional do Trabalho (DRT). A discussão acontece durante o seminário “Saneamento Básico à luz da lei 11.445/2007 e o Plano de Saneamento Básico Participativo”, promovido pela Concern Universal, Casa Pequeno Davi e Pastoral do Menor, com o apoio da União Europeia e do governo da Grã Bretanha.
A proposta é discutir com gestores públicos e membros da sociedade civil o que tem sido feito para reverter este quadro no Estado, já que até mesmo a lei que estabelece diretrizes nacionais para o saneamento básico no Brasil é recente e foi aprovada apenas em 2007. Entre os conferencistas está Edmilson Fonseca, engenheiro sanitarista que participou ativamente da elaboração da lei e vai apresentar seus detalhes e encaminhamentos legais.
Várias instituições confirmaram presença no seminário, como a Caixa Econômica Federal, Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental (Abes), Cagepa, Emlur, Conselho Municipal de Saúde, Comissão de Políticas Públicas da Câmara Municipal e Fórum Estadual de Reforma Urbana (Ferurb), além das Secretarias municipais de Planejamento, Meio Ambiente e Infra Estrutura.
As entidades participantes também levam para o evento sua experiência com ações que estimulam o desenvolvimento comunitário, especialmente na defesa de direitos básicos, como saúde, educação e saneamento. Elas atuam em áreas que estão descobertas pelos serviços de saneamento, como as comunidades Boa Vista, Bananeiras e Asa Branca na Capital, e Gino Novo e Eucalipto em Sapé.
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