VIDA URBANA
Falta acessibilidade nos pontos turísticos de JP
Apesar dos avanços a situação ainda não é considerada ideal, falta estrutura e apoio da população.
Publicado em 05/01/2012 às 6:30
Pessoas com deficiência física ainda sofrem com a falta de estrutura nos principais roteiros turísticos de João Pessoa.
Faltam informações em folders, placas e sinalizações adaptadas em braile para o deficientes visuais nos pontos turísticos, hotéis, bares e restaurantes da capital. No caso dos turistas com dificuldade de locomoção, apesar da instalação de rampas de acesso às calçadas e via públicas para os cadeirantes, ainda é comum ver automóveis obstruindo a passagem. Algumas calçadas do Centro são adptadas para deficientes visuais.
Para a presidente do Convention & Visitors Bureau de João Pessoa, a empresária Elízia Lopes, falta muito a ser realizado para que a cidade possa entrar no roteiro turístico desse público em especial. “A Estação Cabo Branco e a orla de Tambaú, por exemplo, estão preparadas para receber o turista com deficiência, mas sabemos que a precariedade é grande em todos os sentidos, e não apenas para quem tem algum problema de acessibilidade”, comenta.
Entretanto, pondera a presidente, grande parte da rede hoteleira na capital está adaptada com rampas de acesso e apartamentos próprios para deficientes físicos e elevadores com identificação em braile, que também podem ser encontrados em alguns restaurantes na cidade. “Tivemos esses avanços após uma ação do Ministério Público, mas ainda não está perto do ideal. De nada adianta Prefeitura, bares e hotéis criarem rampas para permitir o acesso a cadeirantes se a própria população desrespeita as regras e estaciona seus carros, impossibilitando o tráfego do deficiente”, afirmou.
O curador do cidadão Valberto Lira, disse que graças ao trabalho da Comissão de Acessibilidade, muitos prédios antigos foram adaptados à lei. Embora seja uma fiscalização permanente, no entanto, explica o promotor, a Comissão atua apenas extrajudicialmente, o que impede que seja tomada alguma medida punitiva. “Não há nenhuma ação específica para fiscalizar o tratamento prestado aos turistas com deficiência, mas monitoramos hotéis e restaurantes”, disse.
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