VIDA URBANA
Faltam serviços básicos na terra em assentamentos
Assentados reclamam da escassez de escolas, postos de saúde e das condições das estradas de acesso aos lotes.
Publicado em 21/10/2012 às 14:00
A infraestrutura é outro problema dos assentamentos. Muitos possuem energia elétrica e água encanada, mas as estradas são precárias, assim como as escolas e a saúde; conforme elencou uma das lideranças da Comissão Pastoral da Terra na Paraíba (CPT), Tânia Mariz Souza.
“O serviço de saúde e de educação tem que ser dos municípios, que não entendem dessa forma e a área rural acaba prejudicada. Quase 100% dos assentamentos não possuem atendimento médico, pois os Postos de Saúde da Família (PSF) estão fora da comunidade – o que compromete a qualidade do atendimento. A maioria também não tem escola”, afirmou.
Na Grande Mucatu, o acesso ainda é desestruturado. Ruas esburacadas, com muita areia e por vezes pedras dificultam a passagem de carros – sobretudo os de passeio. Conforme o presidente da Associação dos Moradores do Sítio João Gomes e Cruz do Caboclo, Hildebrando Monteiro, “o transporte é disponibilizado, mas nem sempre o professor vai dar aula, porque vem de outras cidades. A saúde também é um problema.
Existe um PSF em um povoado situado na Grande Mucatu, que há dias que fica sem médico. Há mais de 3 meses o posto também não possui agente de saúde”, completou.
Para a coordenadora nacional do Movimento Sem Terra na Paraíba (MST), Juliane Carneiro, é necessário ainda que seja implantada uma medicina mais voltada para o homem do campo e um ensino escolar para esse mesmo público.
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