VIDA URBANA
Farmácias populares também passam a reter receitas de antibióticos
Resolução da Anvisa, em vigor desde o último domingo, exige que uma via da receita fique na farmácia e outra seja carimbada e devolvida ao cliente.
Publicado em 30/11/2010 às 14:05
Da Redação
Com Codecom
As Farmácias Populares de Campina Grande também estão tendo que obedecer à resolução da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, de 26 de outubro de 2010, que determina que a venda de antibióticos seja feita somente mediante a retenção da primeira via do receituário de controle especial prescrita por profissionais devidamente habilitados, sejam médicos ou odontólogos. De acordo com a resolução, que entrou em vigor desde o último domingo (28), a segunda via da receita deve ser devolvida ao paciente com carimbo para comprovar o atendimento.
A compra de antibióticos também só poderá ser feita em 10 dias, a contar da data da emissão da receita, como alerta a coordenadora das Farmácias Populares, Luana Couto. Nas quatro unidades das Farmácias Populares, localizadas na Liberdade, Palmeira, José Pinheiro e Conjunto Severino Cabral, é possível encontrar os seguintes antibióticos: Amoxicilina, Azitromicina, Cefalexina, Ciprofloxacina, Doxiciclina, Eritromicina, Metronidazol, Neomicina, Nistatina, Penicilina G, Sulfametoxazol e Trimetoprima.
A resolução, que é resultado de propostas de uma consulta pública, também estabeleceu alterações nas embalagens e nas bulas dos antibióticos, que deverão incluir a seguinte frase: "Venda sob prescrição médica – só pode ser vendido com retenção da receita". Foi dado um prazo de 180 dias para que os fabricantes façam as adequações. O objetivo da Anvisa é ampliar o controle na venda indiscriminada desses medicamentos e contribuir para a redução da resistência bacteriana na população.
Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) apontam que mais de 50% das prescrições de antibióticos no mundo são inadequadas. Só no Brasil, o comércio de antibióticos movimentou, em 2009, cerca de R$ 1,6 bilhão, segundo relatório do instituto IMS Health. Hoje, as infecções bacterianas são a causa de 25% das mortes em todo o planeta.
O programa de Farmácias Populares é desenvolvido pelo governo federal em parceria com a Prefeitura de Campina Grande e busca ampliar o acesso da população aos medicamentos considerados essenciais. Neste ano, no total, foram 52.464 atendimentos e desde a implantação do programa no município, em 2006, até o mês passado, foram 342.534 atendimentos. A média das quatro unidades é de 210 pessoas atendidas por dia.
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