VIDA URBANA
Fiscalização prende três pessoas por furto de água do Boqueirão
Iniciativa faz parte das ações do plano de contingenciamento para reduzir as perdas e desperdícios no Açude. Ação contou com o MPPB, a Cagepa e a Polícia Militar.
Publicado em 20/11/2014 às 16:52
Uma fiscalização realizada nesta quinta-feira (20) pela Promotoria do Consumidor de Campina Grande, Polícia Militar e Companhia de Águas e Esgoto da Paraiba (Cagepa) em propriedades às margens da adutora de Boqueirão constatou furto de água em três delas e resultou na prisão de três pessoas em flagrantes. De acordo com o Ministério Público, as tubulações utilizadas no furto foram apreendidas pela Cagepa e os presos foram encaminhadas para a Delegacia de Boqueirão.
A fiscalização faz parte das ações do plano de contingenciamento apresentado na última quarta-feira (19) pela Cagepa para reduzir as perdas e desperdícios e estimular o uso racional de água nos 19 municípios e três distritos abastecidos pelo Açude Epitácio Pessoa, conhecido como Açude Boqueirão.
De acordo com informações da Promotoria, as fiscalizações para combater ligações clandestinas, inclusive em adutoras e subadutoras, serão permanentes, com o propósito de conscientizar sobre o correto uso da água.
Em audiência realizada na quarta-feira, o diretor da Cagepa, José Mota Victor, fez a explanação do plano de contingenciamento elaborado pela companhia. O plano atua em duas frentes: combater o desperdício e incentivar o uso racional de água na região.
O superintendente da Agência Nacional de Águas (ANA), Rodrigo Flecha, destacou que o trabalho realizado pela agência está em sintonia com o que foi encaminhado pela Cagepa. Ele citou ainda a possibilidade de incentivos econômicos e tarifários, a exemplo da Tarifação e da Bonificação, de acordo com o consumo, aliando a fixação de metas.
Para o presidente da Agência Executiva de Gestão das Águas (Aesa-PB), João vicente Machado, as medidas são necessárias e profícuas para garantir a segurança hídrica dos consumidores de Campina Grande e região.
Plano
O plano de contingenciamento prevê 13 ações. Já a partir do próximo mês, a Cagepa deve adquirir, instalar e substituir hidrômetros parados, quebrados, sem condições de leitura ou com mais de cinco anos instalados na rede para aumentar o índice de hidrometração efetiva das ligações domiciliares e reduzir as perdas não aparentes por ausência ou submedição de hidrômetros.
Serão desenvolvidas ações de fiscalização para reduzir e combater as perdas não aparentes. Serão fiscalizadas as águas cortadas (para identificar os ramais ligados irregularmente) e irregularidades para combater ligações clandestinas, inclusive em adutoras e subadutoras. Também serão providenciados os cortes de todos os ramais com débito superior a dois meses.
A Cagepa também vai adotar medidas para combater vazamentos, como a redução do tempo entre a comunicação e o início dos consertos em adutoras, redes e ramais para evitar o desperdício de água. Também serão utilizados equipamentos específicos para localizar e consertar, com o acompanhamento do Centro de Controle Operacional, vazamentos imperceptíveis nas vazões noturnas de saída dos reservatórios. Além da utilização de válvulas redutoras de pressão na rede de distribuição e da aquisição e instalação de medidores de vazão para atingir todos os volumes distribuídos nas localidades e eliminar a possibilidade de perdas físicas de água provocadas por extravasamentos em reservatórios.
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