VIDA URBANA
Greve da Educação completa uma semana sem perspectiva de fim
Categoria realiza assembleia hoje (23), mas a prefeitura não apresentou nova proposta. Sindicato vai realizar um ato público no Paço.
Publicado em 23/03/2015 às 9:10
A greve dos servidores e professores da Educação de João Pessoa completa uma semana nesta segunda-feira (23) sem a perspectiva de término. A categoria realiza uma assembleia durante a tarde, mas apenas para avaliar o movimento, pois a prefeitura não apresentou nenhuma nova proposta. O sindicato, que cobra 16% de reajuste salarial, não pretende retomar a discussão sobre os 3% oferecidos pela administração municipal.
“A prefeitura está irredutível para o diálogo, esperávamos que nos fosse encaminhado um novo ofício chamando para uma nova reunião, mas isso não aconteceu”, afirmou o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Município (Sintem), Daniel de Assis. “Os 3% oferecidos é uma proposta discriminatória, não inclui os prestadores de serviço, que há mais de um ano não recebem reajuste”, completou.
Após a assembleia, que está marcada para às 15h, no auditório da Federação Espírita, os professores pretendem sair em passeata até o Paço Municipal. “O objetivo é pressionar o prefeito Luciano Cartaxo para a abertura do diálogo”, afirmou Assis. Na terça-feira (24) uma outra mobilização está marcada para acontecer na Câmara Municipal, o Sintem já protocolou um pedido de audiência com os secretários de Educação e Finanças para discutir as reivindicações da greve no Legislativo,
Prefeitura apela para que professores voltem ao trabalho
Na sexta-feira (20), em entrevista à TV Cabo Branco, o prefeito Luciano Cartaxo disse que apresentou a realidade financeira da prefeitura e da cidade para o sindicato e pediu para que os serviços fosse retomados. “A gente faz esse apelo para que os professores retornem à sala de aula para que a gente não possa prejudicar os alunos, os pais de família e o calendário escolar.Estamos aguardando que o sindicato se posicione pelo fim da greve, pois se isso não acontecer a prefeitura vai tomar as devidas providências”, disse.
Segundo Cartaxo, em 2013 e 2014 a situação econômica da prefeitura estava melhor e foram concedidos reajustes salariais que chegam a quase 20%, no acumulado. “Esse ano é de dificuldade, de queda na arrecadação, mas é essa dificuldade é momentâneo”, pontuou.
Na quarta-feira (18) o sindicato realizou uma assembleia para discutir a proposta de 3%, que foi rejeitada por unanimidade.
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