VIDA URBANA
Greve recomeça: associação espera adesão de 100% dos delegados
Diretoria da Adepdel se reúne nesta terça para traçar ações da greve que foi reiniciada às 8h. Presidente afirma que 30% dos serviços serão mantidos.
Publicado em 10/02/2009 às 8:54
Karoline Zilah
Após recusar a proposta feita pelo governador Cássio Cunha Lima e deflagrar novamente a greve, representantes dos delegados de Polícia Civil se reúnem nesta terça-feira (10) para traçar metas e diretrizes da nova paralisação.
De acordo com Afrânio Brito, presidente da Associação de Defesa das Prerrogativas dos Delegados de Polícia Civil do Estado da Paraíba, a diretoria vai se encontrar às 12h na sede da Adepdel no bairro de Tambauzinho para determinar as ações que serão realizadas nos próximos dias.
A greve foi reiniciada oficialmente às 8h desta terça, quando mudou o plantão em todas as delegacias do Estado. Afrânio Brito comentou que é difícil precisar quantos profissionais já deixaram seus trabalhos porque o primeiro dia é sempre mais “frio”, mas a Adepdel calcula que 100% dos delegados devem aderir à paralisação ao longo da semana. Mesmo assim, 30% dos serviços devem ser mantidos para atender a população, como determina a lei de greve.
Ao todo, a Paraíba tem 220 delegados trabalhando em todo o Estado. A Adepdel conta com 170 associados. Afrânio Brito comentou que não foram os delegados que atenderam a um chamado da Adepdel para que a greve fosse retomada, mas sim a diretoria da associação que atendeu às reivindicações da categoria e levaram as questões para o Governo do Estado.
Na noite da segunda-feira (9), após ouvir a proposta de Cássio Cunha Lima, os delegados improvisaram uma assembleia em frente ao Palácio do Governo e decidiram recusar o aumento de 20% que seria pago em parcelas até o fim do ano.
O posicionamento tomada em assembleia na praça João Pessoa pelos delegados foi encarado com pesar por parte do Governo do estado. A informação foi passada através de nota à imprensa que ainda informou que o secretário da Administração, Gustavo Nogueira, teria dito que a "decisão é lamentável, sobretudo porque interrompe drasticamente um processo de negociação que iria representar ganhos reais nos vencimentos da categoria".
Comentários