VIDA URBANA
Guarda mantém acampamento e Cartaxo não vê sentido na greve
Prefeito justifica que a data base da categoria é somente em junho e por isso o movimento não tem fundamento. Guardas dizem que vão ficar acampados até o limite.
Publicado em 16/04/2015 às 10:34
Mesmo com a liminar da Justiça que determinou, na tarde de quarta-feira (15), a suspensão imediata da greve, parte do efetivo da Guarda Municipal de João Pessoa continua acampada na frente da sede do Centro Administrativo Municipal (CAM), no bairro de Água Fria. O protesto é para cobrar aumento salarial e melhores condições de trabalho, como o fornecimento de equipamentos de proteção e segurança. A entrada e saída de servidores da prefeitura não estão comprometidos.
Segundo um dos representantes do SindGuardas, Leonardo Lima, a categoria vai permanecer no local até que o prefeito receba os guardas municipais para um diálogo, afim de avaliar as propostas dos profissionais e entrar em um acordo viável para os dois lados. “Caso ele não nos receba, só deixaremos o acampamento às 19h desta quinta-feira (16), quando se encerra o prazo dado pela Justiça para o retorno das atividades, já que o presidente do sindicato só foi notificado oficialmente às 19h de ontem”, afirmou.
Isso porque ao entender que as reivindicações da classe não podem ser justificadas com a greve, o desembargador Leandro dos Santos determinou o retorno imediato dos guardas municipais ao exercício das funções, a partir de 24h para o cumprimento da obrigação, a contar do momento da intimação, sob pena de multa de R$ 5 mil por dia de descumprimento. Também serão passíveis de anotação de faltas e dedução salarial dos dias não trabalhados após a determinação.
Sem sentido
Em entrevista à rádio CBN, Luciano Cartaxo disse que a Prefeitura respeita a decisão da justiça que determinou a ilegalidade da greve e que não há nada a ser feito no momento. "Essa greve por reajuste salaril nesse momento não faz sentido, porque a data base da categoria é apenas em junho".
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