Hospital Universitário Alcides Carneiro terá nova pactuação

O Hospital Universitário Alcides Carneiro (HUAC) de Campina Grande vai passar por uma nova pactuação de serviços prestados à população após uma vistoria de uma comissão do Ministério da Saúde que deverá acontecer até o final do mês de setembro. Após o impasse envolvendo o hospital e a Secretaria de Saúde do município, que solicitou a suspensão dos recursos junto ao Ministério da Saúde, uma reunião realizada ontem entre o reitor da UFCG, Thompson Mariz, e a direção do HUAC, apontaram que os valores pagos aos serviços prestados passarão por nova análise.

Ao total, o hospital recebe do Sistema Único de Saúde (SUS), através da Secretaria Municipal, R$ 700 mil mensalmente pelos serviços realizados no local. Apesar de não projetar um aumento nesse valor, Thompson apontou que a situação não pode continuar como está, principalmente com o pedido de suspensão dos recursos, o que para ele significa o fechamento do hospital.

“Se pediram a suspensão total é como se nós não estivéssemos fazendo nada. E isso não é o que acontece”, disse o reitor da Universidade Federal de Campina Grande. De acordo com Mariz, os serviços continuaram sendo prestados sem nenhum risco à população.

Já Mariza Agra, secretária de Saúde de Campina Grande, que não participou do encontro na reitoria da UFCG, apontou uma solução mais rápida para o caso. Ela estará em Brasília no Ministério da Saúde, na próxima quinta-feira, e vai cobrar um posicionamento já que serão apresentadas planilhas de todos os procedimentos que estão sendo feitos e daqueles que não estão.

“Nós não vamos nos responsabilizar pelos serviços que não estão sendo feitos. O ministério que se responsabilize pela contratualização porque como está, não pode continuar”, afirmou.

A diretora do hospital, Berenice Ferreira, explicou que os recursos recebidos do SUS são empregados em todos os atendimentos do hospital, uma vez que não são valores destinados a áreas específicas. Segundo ela, o perfil dos usuários do HUAC é complexo e desde a realização de exames aos atendimentos ambulatoriais, consultas, internações e cirurgias são pagos pela tabela do Sistema Único. “Nós não esperamos nunca que o repasse será subtraído. Vamos esperar até essa vistoria do Ministério da Saúde e torcer para que tudo seja solucionado”, contou Berenice.