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VIDA URBANA

Igrejas ocupam 3° lugar em poluição sonora em João Pessoa

Só este ano, foram 165 denúncias recebidas contra as instituições. O motivo é o excesso de barulho durante as cerimônias.

Publicado em 11/10/2011 às 7:40

As igrejas ocupam o terceiro lugar no ranking de reclamações feitas à Secretaria Municipal de Meio Ambiente de João Pessoa (Semam). Só este ano, foram 165 denúncias recebidas contra as instituições. O motivo é o excesso de barulho durante as cerimônias religiosas. No José Américo, por exemplo, moradores já estudam até a criação de um abaixo-assinado para retirar uma igreja que funciona de forma improvisada no local. O caso pode resultar em multa de até R$ 5 mil.

A igreja funciona na avenida Hilton Souto Maior, principal via do bairro, e já é considerada uma das campeãs de reclamações na Semam, de acordo com a chefe da Divisão de Fiscalização da Secretaria Municipal de Meio Ambiente de João Pessoa, Socorro Menezes.

Ela conta que os cultos são realizados na garagem de uma residência que não possui projeto acústico e gera incômodo aos vizinhos. O local já foi visitado, notificado e deverá ser multado em R$ 5 mil, caso não atenda às determinações de instalar um projeto acústico, que impeça a propagação do ruído na vizinhança.

O aposentado José Barbosa Lopes, 64 anos, que mora ao lado da igreja, não consegue ficar em casa quando as celebrações começam.

“Eles (religiosos) têm bateria, teclado e um monte de instrumentos que fazem muito barulho. A gente não consegue assistir televisão, nem conversar, nem nada.

Minha esposa é doente, precisa tomar sete comprimidos diários e descansar. Mas não consegue. Há cultos toda hora do dia e da noite. Além das músicas, há uma gritaria”, declara José Barbosa.

Queixas

A quantidade de queixas recebidas pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente de João Pessoa coloca as celebrações religiosas no terceiro lugar no ranking de causadores de poluição sonora na capital. Esse tipo de reclamação só é menor que os registros contra equipamentos de som em veículos e por festas em casas de vizinhos.

Pastores dizem que estão se adaptando (clique e leia)

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Jornal da Paraíba

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