VIDA URBANA
Julgamento do caso Ana Alice deve seguir até a noite desta terça-feira
Julgamento de Lêonio Barbosa de Arruda está acontecendo na cidade de Queimadas e a popualçao volta a se mobilizar com o caso.
Publicado em 18/08/2015 às 10:54
Começou nesta terça-feira (18), o julgamento de Lêonio Barbosa de Arruda, acusado de estuprar e matar a adolescente Ana Alice de Macedo Valentim, 16 anos, em setembro de 2012, depois que ela voltava da escola na cidade de Queimadas, localizada na Região Metropolitana de Campina Grande. A previsão apontada pela promotoria é que o juri popular aconteça até o final da noite de hoje.
O julgamento começou por volta das 9h, na câmara de vereadores da cidade de Queimadas, e às 10h começaram a ser ouvidas as primeiras testemunhas do processo. Enquanto os detalhes sobre o crime eram relatados, os familiares e amigos de Ana Alice reviveram todos os momentos de sofrimento passados pela adolescente. O juri está sendo conduzido pelo Juiz Titular da 1ª Vara Mista de Queimadas, Antônio Gonçalves Ribeiro Júnior.
A primeira testemunha a ser ouvida foi uma mulher que também chegou a ser agredida pelo acusado e acabou ajudando a Polícia Civil a identificar e prender Leônio, que na época assumiu a autoria do estupro e assassinato de Alice. O corpo da adolescente foi encontrado após 50 dias de seu desaparecimento.
Pelas ruas da cidade foram espalhadas faixas e cartazes pedindo justiça pelo caso e um grupo formados por amigos, parentes e representantes de movimentos de combate a violência contra mulheres estão fazendo uma vigília em frente a câmara municipal, desde as primeiras horas da manhã.
Ao chegar escoltado pela Polícia Militar e agentes penitenciários, Lêonio Barbosa foi vaiado e algumas pessoas disseram frases como “isso é um monstro” e “tem que apodrecer na cadeia”. Desde que foi preso, o acusado está detido na penitenciária Padrão, em Campina Grande, de onde chegou a fugir em abril do ano passado, mas foi recapturado dias depois, em uma operação da Secretaria de Administração Penitenciária do Estado (Seap).
Relembre o caso
Segundo as investigações do caso, elucidado ainda em 2012, no dia 19 de setembro Ana Alice foi abordada quando chegava em casa da escola. Conforme a polícia, ela foi estuprada e agredida por Leônio que, por medo de ser descoberto, enterrou o corpo da jovem em uma fazenda do município de Caturité, onde trabalhava. Para a família, a adolescente permaneceu desaparecida por quase 50 dias, até que outra mulher, também agredida pelo acusado, conseguiu reconhecer Leônio, que depois de preso confessou o assassinato de Ana Alice.
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