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VIDA URBANA

Júri do acusado de assassinar Briggida deve durar o dia inteiro

Julgamento de Gilberto Stuckert Neto começou por volta das 9h desta segunda (28). Quatro mulheres vão ser ouvidas como testemunhas de acusação no Tribunal.

Publicado em 28/09/2015 às 10:31

Começou por volta das 9h desta segunda-feira (28), no 1º Tribunal do Júri de João Pessoa, o julgamento do fotógrafo Gilberto Lyra Stuckert Neto, acusado de assassinar a professora universitária, Briggida Rosely de Azevedo Lourenço, sua ex-companheira, em junho de 2012. Quatro mulheres vão ser ouvidas pelo juiz Marcos William de Oliveira, que preside o julgamento, como testemunhas de acusação. O réu não tem nenhuma testemunha de defesa, apenas o pai dele estava listado, mas ele apresentou um atestado médico e não compareceu.

O julgamento foi aberto com o sorteio do corpo de jurados, que foi definido com cinco homens e duas mulheres. Depois disso começou o depoimento das testemunhas, que preferiram ser ouvidas na presença do acusado. Segundo o magistrado, a previsão é que o julgamento seja concluído somente no final da tarde, após serem ouvidas as quatro testemunhas arroladas pelo Ministério Público, bem como o interrogatório do réu. Em seguida, ocorrerá os debates entre defesa e acusação.

A primeira a prestar depoimento foi Ana Andrea Amorim, que era vizinha de Brigida. A fala dela durou cerca de uma hora. A vizinha disse que no dia do crime ouviu barulho de móveis arrastando no apartamento de Briggida, ligou para ela, mas as ligações não foram atendidas.

Segunda Ana, o casal vivia de forma harmoniosa e o relacionamento começou a ter problemas quando ele foi morar em Brasília, por ter sido aprovado em um concurso. Quando Briggida pôs fim ao relacionamento, Gilberto pediu exoneração para salvar a relação, imaginando que voltando à Paraíba o casamento poderia retornar, mas ela não aceitou. A vizinha deixou claro que não podia afirmar que o fotógrafo matou a ex-companheira, porque não viu, mas disse que sabia que ele iria no apartamento porque Briggida havia dito.

A segunda testemunha a falar foi Roselma Maria Ribeiro de Azevedo Cruz, mãe de Briggida. Em seu depoimento ela relembrou que recebeu um telefone de Gilberto, após o crime, quando ele afirmou que tinha feito uma besteira e iria se suicidar . Roselma destacou que no momento achou que sua filha estava apenas ferida e chegou a perguntar se tinha como socorrê-la

A terceira testemunha a depor foi Rilene Lucena, tia de Briggida. Ela afirmou que Gilberto era calmo, de poucas palavras, e a família jamais esperaria algo parecido. Segundo Rilene, quando o fotógrafo ligou para a mãe da vítima, todos pensavam que ele tivesse batido nela, mas não matado. A quarta ouvida foi uma prima da professora, Marta Melo.

Relembre o caso

De acordo com os autos, o acusado Gilberto, por volta das 17h38m, foi até o apto. 203, do Residencial Pétala, localizado à rua Professora Maria Lianza, nº 210, no Jardim Cidade Universitária, em João Pessoa, e assassinou, por estrangulamento sua ex-companheira Briggida Rosely, que na época tinha 28 anos de idade. O acusado a asfixiou, provocando-lhe a morte naquele mesmo local, sem lhe dar qualquer chance de defesa. O corpo da professora universitária foi encontrado pelos vizinhos da vítima no mesmo dia do crime.

Ainda de acordo com o que narram os autos, a motivação torpe do crime teria sido o fato de que o réu estava inconformado com o término do relacionamento de 8 anos com a vítima, acontecido em meados de abril de 2012, após longo período em que viveram afastados, por ele estar trabalhando em Brasília e ela, ter permanecido em João Pessoa.

Gilberto foi indiciado por homicídio triplamente qualificado, assim como o Ministério Público tinha requerido.

(Atualizada às 11h15)

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Jornal da Paraíba

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