VIDA URBANA
Lei Seca multa 1.176 na Paraíba
Multas aplicadas nas rodovias federais do Estado, de janeiro deste ano até a primeira quinzena de dezembro, registrou aumento de 92,47%.
Publicado em 15/12/2012 às 6:00
O rigor nas fiscalizações e aplicação de multa, que pode pesar no bolso, parecem não ser o bastante para impedir que alguns motoristas infrinjam a lei Seca e insistam em dirigir sob o efeito de bebidas alcoólicas. O número de multas aplicadas somente durante as fiscalizações nas rodovias federais que cortam a Paraíba, de janeiro deste ano até a primeira quinzena de dezembro, registrou um aumento de 92,47%, em relação aos casos computados em todo o ano passado.
De acordo com dados da Polícia Rodoviária Federal (PRF), o número de multas da Lei Seca saltou de 611, em 2011, para 1.176 até a primeira quinzena deste mês. O número de pessoas detidas por essa infração também aumentou, passando de 48 para 327 flagrantes, no mesmo período.
Para a assessora de comunicação da PRF, Keilla Melo, o aumento dos casos se deve à intensificação das fiscalizações. “Além das operações especiais e dos finais de semana, nós fazemos a fiscalização da Lei Seca diariamente. Quando é registrado um acidente, as vítimas fazem o teste do bafômetro. Também fazemos abordagens quando encontramos um veículo em atitude suspeita ou ziguezagueando na pista”, explica.
Conforme os dados da PRF, são realizados em média 60 testes de alcoolemia por dia para identificar se o motorista está infringindo a Lei. Durante os finais de semana, esse número chega a mais de 100 testes. O posto da PRF localizado no município de Bayeux, que é responsável pelas fiscalizações na região de Cabedelo, João Pessoa, Bayeux e Santa Rita, lidera as estatísticas nacionais com o maior número de motoristas flagrados dirigindo embriagados.
Para motoristas como Antônio Delfino, que não combina álcool e direção, as fiscalizações deveriam ser mais rigorosas nos bairros mais movimentados da capital e nas proximidades de bares e restaurantes. “A gente vê mais fiscalizações nas estradas e avenidas principais de alguns bairros. Mas perto de bares é difícil. Em todo bar tem gente que bebe e depois sai dirigindo pelas ruas pouco movimentadas”, comenta.
O taxista Braz Crispim, que dirige há 40 anos, também acredita que a lei deveria ser mais rigorosa e reclama da falta de fiscalização nas ruas de menor movimentação. “Se a pessoa bebeu, não deveria dirigir. E se for flagrado deveria perder o direito de dirigir definitivamente”, reforça.
A assessora de comunicação da PRF informou que durante a preparação para as festas do final do ano as blitzes serão intensificadas em operações integradas entre a PRF, Batalhão de Policiamento de Trânsito (BPTran) e Departamento Estadual de Trânsito (Detran), tanto nas estradas federais, quanto nas ruas e rodovias estaduais.
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