VIDA URBANA
Ministério da Saúde vai lançar teste para identificar doenças virais
Novo exame vai identificar, a partir de uma amostra de sangue, se o paciente tem dengue, zika ou chikungunya.
Publicado em 27/02/2016 às 8:00
O teste rápido para determinar simultaneamente, a partir de uma amostra de sangue, se o paciente tem dengue, vírus da zika ou chikungunya, (doenças virais transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti)deve começar a ser distribuído somente em março. As informações são da Agência Brasil.
Previsto para ser disponibilizado a partir deste mês, o ministro Marcelo Castro (Saúde) disse ontem que ainda aguarda a entrega dos 50 mil kits do teste pela Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), no Rio.
"Eles têm o compromisso de nos entregar 50 mil desses kits agora no final de fevereiro para, a partir de março, fazer os testes, os três de uma vez só. Esperamos que a Fiocruz nos forneça", disse o ministro após se encontrar com o secretário municipal da Saúde, Alexandre Padilha, e com a direção do Hospital Albert Einstein.
O governo federal solicitou à fundação 500 mil unidades do kit de testes, sendo que os primeiros 50 mil kits seriam distribuídos a partir de fevereiro para a rede pública de saúde. Tanto dengue como chikungunya e zika são transmitidos pela picada do mosquito Aedes aegypti.
O teste rápido foi desenvolvido pelo instituto Bio-Manguinhos, em parceria com a Fiocruz. O teste será mais barato e entregará resultados até oito vezes mais rapidamente do que os métodos atuais, segundo o governo. A inovação busca dar maior agilidade no diagnóstico de pacientes em casos suspeitos e privilegiará as grávidas, segundo o ministério.
Atualmente, os testes utilizados para detectar as três doenças usam reagentes importados e custam entre R$ 800 e R$ 2.000. Com o novo kit de verificação, o custo será de até R$ 80 por unidade. O ministro disse ainda que há 28 laboratórios preparados para diagnosticar as doenças por meio do teste.
MICROCEFALIA NA PB
Sessenta municípios da Paraíba começaram a receber esta semana visitas de pesquisadores, durante a condução de estudo que investiga a relação entre o vírus zika e a microcefalia. De acordo com o Ministério da Saúde, o trabalho de campo envolve representantes da pasta, do Centro de Controle e Prevenção de Doenças Transmissíveis (CDC) dos Estados Unidos e do governo do Estado.
Segundo o ministério, os pesquisadores têm como objetivo buscar informações robustas sobre a relação do vírus zika com a microcefalia. Entre os municípios selecionados para participar do estudo estão João Pessoa, Campina Grande, Patos e suas respectivas regiões metropolitanas.
A previsão é que, durante dois meses, oito equipes investiguem a proporção de recém-nascidos com microcefalia possivelmente associada ao zika, além do risco da infecção pelo vírus. Serão estudadas 170 crianças que nasceram com a malformação desde outubro de 2015. Para cada uma delas, serão examinadas de duas a três crianças da mesma região que não nasceram com o problema.
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