VIDA URBANA
Moradores improvisam faixa de pedestre para evitar acidentes
Iniciativa dos moradores aconteceu depois que eles acompanharam pelo menos quatro colisões de veículos e atropelamentos
Publicado em 08/12/2015 às 8:00
O asfaltamento da Avenida Petrópolis, que divide o Conjunto Raimundo Suassuna e o Bairro das Cidades, em Campina Grande, facilitou o acesso e o deslocamento dos moradores, mas também resultou no aumento dos perigos do trânsito e na quantidade de acidentes, especialmente no cruzamento com a Rua Aratuba.
Tentando chamar a atenção de motoristas e motociclistas para os riscos de colisões e atropelamentos, um grupo de moradores improvisou uma faixa de pedestres e organiza um abaixo-assinado que será encaminhado à Superintendência de Trânsito e Transportes Públicos (STTP) reivindicando a instalação de redutores de velocidade e de mais sinalização.
A iniciativa dos moradores aconteceu depois que eles acompanharam pelo menos quatro colisões de veículos e atropelamentos, além de inúmeras situações de perigo nos últimos meses. “Na semana passada, acompanhei quatro crianças escapando de atropelamentos devido a velocidade excessiva que motos, carros e até coletivos desenvolvem no trecho”, garante o proprietário de um depósito de materiais de construção, Adriano Balbino, 44 anos.
O cruzamento entre a Avenida Petrópolis e a Rua Aratuba é uma área com acentuado declive, facilitando o aumento da velocidade de veículos e a abertura de um acesso irregular para o Conjunto Raimundo Suassuna no local aumentou os riscos no trecho. Após um acidente grave envolvendo moto e carro, a população se revoltou com o problema e no sábado, o comerciante Erinaldo Ferreira Amâncio, improvisou uma faixa de pedestre com tinta azul e pintou o meio fio do local com tinta amarela. Mesmo com a iniciativa, motoristas e motociclistas não estão reduzindo a velocidade do tráfego e alguns até paralisam seus veículos em cima da faixa improvisada.
O gerente de operações de trânsito da STTP, Alex Marcolino, informou que o órgão vem implantando pelo menos sete faixas por mês na cidade, mas registra uma grande quantidade de solicitações. “Temos cerca de 70 solicitações aguardando avaliações técnicas para liberação”, explica. Hoje, a superintendência ainda elabora um levantamento georreferenciado de quantas faixas de pedestres e redutores de velocidade existem na cidade.
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