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VIDA URBANA

MPs e órgãos de Saúde da PB alertam sobre risco de colapso com pico da Covid-9

Órgãos reforçam que isolamento social rigoroso "é a ação mais eficaz para evitar a rápida disseminação da Covid-19".

Publicado em 21/05/2020 às 17:40 | Atualizado em 22/05/2020 às 7:42


                                        
                                            MPs e órgãos de Saúde da PB alertam sobre risco de colapso com pico da Covid-9
Belém PA 22 04 2020-O Governo do Pará entregou, nesta quarta-feira (22), em Santarém, oeste paraense, o terceiro Hospital de Campanha para o combate ao novo coronavírus. A estrutura fica no espaço Pérola do Tapajós, com 120 leitos, distribuídos em uma área de 3,6 mil metros quadrados. O governador do Pará, Helder Barbalho participou da cerimônia por videoconferência.O chefe do Executivo Estadual ressaltou que, com o intuito de minimizar o impacto da crise de saúde, ainda na primeira quinzena de março, há mais de 40 dias, o Estado iniciou o processo de isolamento e convencimento da população como estratégia de confinamento social, de redução nas atividades. Segundo ele, o objetivo era que as pessoas pudessem se atentar para uma nova rotina de vida. Foto Secom. Pesquisa com cerca de 2 mil pessoas vai ser feita para acompanhar quem já teve e vai ter Covid-19 no estado Foto: Secom/PA

				
					MPs e órgãos de Saúde da PB alertam sobre risco de colapso com pico da Covid-9
Foto: Divulgação/Secom-JP. Foto: Divulgação/Secom-JP

Os Ministérios Públicos Federal (MPF), do Trabalho (MPT) e da Paraíba (MPPB), em conjunto com a Secretaria de Estado da Saúde (SES), Secretaria Municipal de Saúde de João Pessoa (SMS) e hospitais da rede privada da capital, lançaram nesta quinta-feira (21) uma carta aberta para alertar a população paraibana sobre o alto risco de um colapso no sistema de saúde do estado, em decorrência da pandemia de Covid-19.

>>> Leia aqui a íntegra da carta aberta dos MPs e órgãos de Saúde

De acordo com os órgãos, o momento de pico de casos de Covid-19, pelo qual a Paraíba está passando, é grave e exige serenidade e cumprimento rígido das medidas sanitárias de isolamento social determinadas pelo Estado, pelos Municípios e pelas autoridades de Saúde. Caso contrário, a capacidade das redes hospitalares pública e privada será rapidamente comprometida, impossibilitando o tratamento de pacientes infectados pelo novo coronavírus.

O apelo se refere a toda a população paraibana, mas também, de maneira mais específica, a população da Grande João Pessoa, onde estão concentradas as maiores taxas de casos confirmados de Covid-19, mortes pela doença, e ocupação de leitos disponíveis para o tratamento de pacientes. Conforme o documento, somente na rede hospitalar privada da capital, os três hospitais que recebem pacientes com Covid-19 se encontram na seguinte situação:

Hospital da Unimed: 85% dos leitos de UTI ocupados e 90% dos leitos de enfermaria ocupados;
Hospital Memorial São Francisco: 90% dos leitos de UTI ocupados e 100% dos leitos de enfermaria ocupados;
Hospital Nossa Senhora das Neves: 70% dos leitos de UTI ocupados e 86% dos leitos de enfermaria ocupados.

Já a taxa de ocupação dos leitos de UTI de hospitais da rede pública da região Metropolitana de João Pessoa oscila em 83%, conforme o último boletim epidemiológico da Secretaria de Estado da Saúde (SES).

Os Ministérios Públicos e os demais órgãos de Saúde reforçam, ainda, que o isolamento social rigoroso "é a ação mais eficaz para evitar a rápida disseminação da doença e o consequente colapso do sistema de saúde". Os órgãos também lembram que somente com união para de esforços é possível sanar as condutas de desrespeito às medidas estabelecidas em decretos, e assim, prevenir um possível colapso na Saúde do estado.

"A união harmônica de esforços de todos se faz imprescindível inclusive para rechaçar condutas de desrespeito às referidas medidas e manifestações que incitam tal desrespeito, contradizendo diretrizes técnicas adotadas pela legislação nacional e local, com potencial de desmobilizar a população quanto à prevenção de contaminação por Covdi-19 em um momento crucial, quando ainda há tempo de se evitar o referido colapso e atenuar número de mortes.", concluem.

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Bruna Couto

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