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VIDA URBANA

MPT recomenda suspensão de greve; funcionários negociam com Estado

Reunião de negociação está prevista para acontecer na tarde desta quarta-feira (6) em João Pessoa. Somente em CG, 500 atendimentos deixam de ser feitos por dia.

Publicado em 06/07/2011 às 8:01

Karoline Zilah
Com Jornal da Paraíba

O Ministério Público do Trabalho (MPT) na Paraíba recomendou a suspensão da greve dos servidores da Companhia de Águas e Esgotos da Paraíba (Cagepa) por 10 dias. A recomendação é do procurador do Trabalho Márcio Evangelista e foi definida durante uma audiência realizada na sede do MPT, em João Pessoa, na última segunda-feira, dia em que foi deflagrada a greve.

Em assembleia na tarde da terça-feira, os trabalhadores decidiram continuar a paralisação. Apesar disso, a expectativa é de que o movimento seja encerrado nesta quarta-feira (6). De acordo com Wilton Maia, representante da categoria, os grevistas foram chamados para participar de reuniões na Casa Civil do Estado e com a direção do órgão, em João Pessoa.

A paralisação iniciada na segunda-feira envolve 1,8 mil trabalhadores em todo o estado. O movimento prejudica 500 atendimentos por dia somente em Campina Grande. Os sevidores das demais cidades do estado também suspenderam os serviços. Somente os de João Pessoa continuam trabalhando.

Conforme o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Urbanas da Paraíba (Stiupb), o convite sinaliza a possibilidade de que os pleitos dos trabalhadores sejam atendidos. “Queremos a contratação imediata dos concursados, demissão dos cargos comissionados e a compra de equipamentos necessários para realização dos serviços. Se isto acontecer podemos encerrar o movimento”, afirmou Maia, presidente do sindicato.

Pedido de ilegalidade

Com base na recomendação do MPT, a Cageoa poderá pedir a ilegalidade da greve ao Tribunal Regional do Trabalho (TRT), se a recomendação do MPT não for cumprida pela categoria.

“A greve só é legal quando estão esgotadas todas as outras formas de negociação. A suspensão por 10 dias teve como pressuposto a retomada das negociações. Estamos aguardando que o compromisso seja cumprido, senão vamos comunicar ao tribunal para que a greve seja suspensa”, afirmou o advogado Fábio Andrade, assessor jurídico da empresa.

Protestos

Os funcionários do órgão participaram de uma assembleia na tarde da terça-feira (5) e decidiram permanecer com o movimento grevista. Antes da votação, eles fizeram uma mobilização na sede central da Cagepa em Campina Grande e saíram em passeata até a Praça da Bandeira. Em seguida, realizaram um ato público durante a inauguração do novo Hospital de Emergência e Trauma da cidade, na presença do governador Ricardo Coutinho.

Além das contratações de concursados, o sindicato reivindica melhores condições de trabalho e a recuperação administrativa e financeira da empresa, para que a população tenha serviços de qualidade.

Sobre a falta de condições de trabalho, na terça-feira a equipe do Paraíba1 flagrou funcionários do órgão atuando sem equipamentos de proteção no bairro de Tambiá, em João Pessoa. A assessoria de imprensa da Cagepa informou que a aquisição dos equipamentos e fardamentos está em processo de licitação.

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Jornal da Paraíba

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