VIDA URBANA
Nome de Nelson Barbosa gera dúvidas no empresariado da PB
Vice-presidente da Fiep, Magno Rossi, acredita que dessa vez a presidente escolheu uma pessoa mais alinhada com suas ideias
Publicado em 26/12/2015 às 9:07
A substituição no comando do Ministério da Fazenda, de onde saiu Joaquim Levy para entrar Nelson Barbosa, já repercute em diversos setores, que esperam mudanças na política econômica do país.
O vice-presidente da Federação das Indústrias do Estado da Paraíba (Fiep), Magno Rossi, acredita que dessa vez a presidente escolheu uma pessoa mais alinhada com suas ideias. “O anterior, apesar de muito bem intencionado, talvez não estivesse tão alinhado com a equipe”, opinou.
A expectativa, segundo Rossi, é de que haja uma mudança na política de juros atual. “Em nossa visão, subir os juros é um equívoco, até porque não temos uma inflação de demanda, o que há é uma inflação de custo. Há boatos de que a taxa Selic subiria em um ou dois pontos. É um erro. Esperamos que o bom senso prevaleça e o novo ministro veja isso. No mais, torcemos para que ele traga mais ânimo e motivação para recuperar nossa economia”, comentou.
O presidente da Federação das Câmaras dos Dirigentes Lojistas da Paraíba (FCDL-PB), José Lopes Neto, afirmou que toda mudança gera insegurança e receio, mas é preciso acreditar que ela trará melhoras. “O país vive uma situação extremamente delicada e enfrenta três crises ao mesmo tempo: a hídrica, a política e a econômica; sendo que as duas últimas estão muito ligadas. Não temos muito tempo para esperar a situação melhorar, é importante que a recuperação comece logo”, explicou.
Já o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária da Paraíba (Faepa), Mário Borba, acredita que o novo ministro veio mais para dar sustentação à presidente Dilma Rousseff, do que para trazer alguma mudança efetiva na economia. “Nós da Federação não vemos com simpatia essa indicação”, afirmou.
De acordo com Mário Borba, o setor da agropecuária vem sustentando a balança comercial do país, e por isso, merece uma política diferenciada. A maior preocupação do presidente da Faepa, além da seca prolongada, é o endividamento do produtor rural.
Comentários