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VIDA URBANA

Nos bairros, lei do silêncio é regra

Referências à facções criminosas e buracos de tiros em meio a desenhos de arma compõem os cenários dos bairros.

Publicado em 03/08/2014 às 7:00 | Atualizado em 04/03/2024 às 17:44

Para conhecer a realidade vivenciada pelos moradores de Mamanguape, é preciso sair do Centro e ir até os bairros elencados como perigosos por muitos moradores da cidade.

Lá, em muros as inscrições com a sigla OKD (Okaida) e buracos de tiros em meio a desenhos de armas compõem os cenários citados como violentos pelos moradores da cidade. Quem mora lá relata um fato costumeiramente visto nas comunidades mais perigosas da Região Metropolitana: a lei do silêncio. Para eles, não ver, não ouvir e não saber são as formas mais eficazes de se manterem seguros.

No primeiro bairro citado pelos moradores, o Gurguri, um morador relatou a falta de segurança. “Teve uma morte aqui semana passada, outra há quinze dias. De vez em quando tem essas coisas por aqui. A gente vive inseguro e com medo dentro de casa. Não dá para andar na rua sem se sentir inseguro”, disse o morador, que preferiu não se identificar.

Já na rua do Meio, outro bairro em que, conforme os moradores, impera o tráfico de drogas, basta falar em insegurança para muita gente entrar em casa. Para ir ao local, a reportagem solicitou o apoio de uma viatura da polícia.

Ao perguntarmos sobre a violência, uma resposta unânime: 'sei o que é isso não'. "Aqui, dá seis horas e eu me tranco dentro de casa. Não vejo nada, não sei de nada. Quem não mexe com ninguém não sofre nada. O negócio é cada um ficar em sua casa”, declarou a dona de casa Maria Hermínio Batista. Nos braços, o sexto filho sorria para a câmera, enquanto moradores apreensivos esperavam ao redor para ver se ela não dizia nada que não pudesse.

“Tráfico de drogas? Pelo amor de Deus, não fale disso aqui”. foi outra frase ouvida no bairro dita por uma moradora que não quis se identificar.

Irene da Silva, aposentada, mora na rua do Meio há tantos anos que não sabe nem quantos. Com os 13 filhos bem criados, ela se lamenta apenas de uma coisa: “A gente 'somos' esquecidos aqui, minha filha”, declarou.

Após relatar todos os problemas vivenciados pelos moradores dessas comunidades, a aposentada deu um depoimento que demonstrou que conviver com a insegurança não é nada fácil.

“A gente tem medo de sair de casa. Segurança, falta é muito. Aqui a situação está demais. Muitos anos atrás era seguro aqui, agora não é mais. Na rua do Meio é que falta mesmo. É droga, é meio-dia o povo cheirando cola, tiro tudo mais. Semana passada mesmo morreu um, aliás, mataram”, disse.

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Jornal da Paraíba

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