VIDA URBANA
João: “O que falta para o Brasil é um discurso único pra combater o coronavírus”
Governador disse que pela falta de união, se torna impossível adoção de medidas como 'lockdown'.
Publicado em 11/05/2020 às 17:53 | Atualizado em 12/05/2020 às 7:40
As discussões sobre medidas de isolamento social durante a pandemia do coronavírus, sempre tem como temas: flexibilização, endurecimento e mais recentemente no Brasil, o chamado ‘lockdown’. O governador João Azevêdo afirmou que, na verdade, o problema do país é a falta de um discurso único entre os governos estaduais e federal, em relação a busca por soluções para a Covid-19.
“O que falta para o Brasil é um discurso único para combater o coronavírus. Temos o índice de infectados aumentando e a taxa de ocupação dos leitos seguindo a mesma tendência, exatamente porque nem temos como fabricar espaços de internação da noite para o dia e por causa da quantidade de pessoas que ainda ignoram as medidas de isolamento social”, disse Azevêdo, em entrevista à CNN Brasil.
João Azevêdo também criticou a demissão do ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, frisando que com a sua saída, houve uma quebra na continuidade das soluções que estavam sendo discutidas para combater o novo coronavírus.
“Com a saída do ministro Mandetta, ficamos com um vácuo enorme, impedindo a continuidade das soluções que estavam sendo discutidas para esta pandemia. Na situação em que estamos, os estados estão a mercê da própria sorte, pois não conseguimos comprar equipamentos e a produção nacional é de apenas 180 respiradores por semana, que não é suficiente para atender a demanda dos estados”, pontuou.
O governador da Paraíba disse que é favorável a regras de isolamento social cada vez mais rígidas, pois segundo ele, não há possibilidade do Brasil adotar medidas como o ‘lockdown’.
“O lockdown, assim como foi implantado em alguns lugares da Europa, não funciona no Brasil. Precisaríamos que todas as forças de segurança estivessem envolvidas, a exemplo do Exército Brasileiro, as polícias estaduais e outros órgãos. Como aqui temos discursos diferentes, precisamos ter mais rigidez nas medidas, mas lockdown no Brasil, infelizmente não é possível”, falou.
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