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VIDA URBANA

Ocupações ameaçam a Mata Atlântica

Um dos biomas mais ricos e importantes para o ecossistema brasileiro, a Mata Atlântica, sofre a ação da ocupação irregular em João Pessoa.

Publicado em 30/09/2012 às 8:00


Um dos biomas mais ricos e importantes para o ecossistema brasileiro, a Mata Atlântica, sofre a ação da ocupação irregular em João Pessoa. Nessas áreas, que são consideradas de Preservação Permanente, a chegada das pessoas e das moradias trouxe muito lixo, dejetos e desmatamento – modificando todo o ambiente antes preservado.

Apesar de a capital ter sido a primeira cidade a elaborar um Plano Municipal de Conservação e Recuperação da Mata Atlântica, em novembro de 2010, ambientalistas apontaram que as intervenções não foram significativas e a vegetação continua sob constante ameaça.

No bairro do Rangel, por exemplo, a falta de cercamento em trechos da Mata do Buraquinho deixa a vegetação exposta a todo tipo de poluição, além da ação ilegal de retirada de madeira. A mata em questão é uma das 20 áreas vistas como prioritárias pelo plano municipal.

Porém, segundo a presidente da Associação Paraibana dos Amigos da Natureza (Apan), Socorro Fernandes, em visitas feitas há alguns meses na mata foi constatada a existência de fezes e diversos materiais orgânicos em seu interior. “Por ser uma área pública, não se pode sanear e os moradores acabam direcionando os efluentes para a mata”, completou Socorro, ao acrescentar que o mesmo problema é visto na parte da Mata Atlântica 'ocupada' pela comunidade do Timbó, nos Bancários.

Em visita ao local, a reportagem do JORNAL DA PARAÍBA verificou que canos de concreto que passam ao lado das moradias estão ligados diretamente ao rio Timbó. O mau cheiro chega a incomodar os próprios moradores do local.

O rio está um filete, estreito por falta da vegetação que segura o solo”, afirmou Socorro, referindo-se à destruição da mata ciliar nas margens do rio – vegetação considerada de preservação e permanente e de grande importância para a proteção dos mananciais. Sem ela, a erosão das margens leva terra para dentro do rio – provocando o assoreamento e mudando os cursos da água.

A presidente da Apan destacou, ainda, que praticamente todas as comunidades ribeirinhas da capital são ocupações irregulares, que devastam a mata ciliar e poluem os rios – entre elas a São José, Padre Hildo Bandeira, São Rafael e Boa Esperança.

“A Mata Atlântica também regula o clima, a temperatura e a chuva. Ao perdê-la, estaremos fadando a cidade de João Pessoa a ter um clima mais quente, e a população a perder em qualidade de vida. No futuro, se a devastação continuar, corremos sérios riscos de escassez de água”, alertou Socorro, ao afirmar que o Plano da Mata Atlântica precisa ser aplicado de forma efetiva “urgentemente”.

No bairro do Tambiá, uma outra reserva ambiental tem sido afetada pela ação da ocupação dos homens. O Parque Lauro Pires Xavier, área prioritária no Plano Municipal de Conservação, está rodeado de residências, comércio e estabelecimentos de serviços.

Dentro do próprio parque, duas famílias construíram casas e ocupam a área há aproximadamente 15 anos – segundo moradores da área que preferiram não se identificar. Várias árvores situadas próximas às construções foram cortadas e grande quantidade de lixo pode ser vista no parque. Como consequência, o rio da Bomba (que passa pelo local) está bastante poluído.

Imagem

Jornal da Paraíba

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