VIDA URBANA
Paraíba é o 13º no ranking de ataques a bancos
Número de ataques a agências bancárias na Paraíba reduziu 11,76% em 2012.
Publicado em 26/04/2013 às 6:00 | Atualizado em 13/04/2023 às 14:58
A Paraíba caiu sete posições no ranking de ataques a bancos no ano de 2012. É o que mostra uma pesquisa nacional realizada pela Confederação Nacional dos Vigilantes (CNTV), em parceria com a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) divulgada na última quarta-feira. São Paulo lidera com 492.
O levantamento revela que, no ano passado, houve 60 ataques a bancos em todo o Estado, o que representa uma redução de 11,76 % em relação a 2011, quando foram registradas 68 ocorrências. Com a redução, o Estado saiu de 6º para 13º no ranking nacional. Ao contrário do cenário registrado na Paraíba, o índice geral do país cresceu 56,89% entre os dois anos. Em 2011, o total de ataques foi de 1.612, contra 2.530 registrados no ano passado.
Ainda segundo a pesquisa, que teve o apoio técnico do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), a Paraíba ocupa a 6ª posição no Nordeste em número de crimes contra bancos, atrás de estados como Bahia, Ceará, Maranhão, Alagoas e Pernambuco, que ocupam, respectivamente, os primeiros lugares.
Ao comentar os números, o presidente do Sindicato dos Bancários da Paraíba, Marcos Henriques, afirmou que a redução constatada é ínfima. Segundo o sindicalista, apesar da diminuição geral dos números, algumas ocorrências específicas como assaltos a mão armada e arrombamentos tem aumentado, colocando em perigo funcionários e clientes. Eles também usam explosivos.
Para Marcos Henriques, é preciso investir mais na segurança das agências, como forma de garantir a segurança dos clientes e funcionários, além de auxiliar nas investigações dos crimes.
Um desses equipamentos são as portas de segurança na entrada das agências, que é obrigatória mas ainda existem agências na Paraíba descumprindo a legislação. “Estamos cobrando que as agências instalem essas portas, pois elas são essenciais. Prova disso é que 75% das agências que não tem essa porta já foram assaltadas esse ano”, revelou. O Jornal da Paraíba tentou contato com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), para comentar os investimentos, mas não obteve êxito.
Ações da segurança
Na avaliação do assessor de ações estratégicas da Secretaria de Segurança Pública do Estado, Isaías Gualberto, a redução entre 2011 e 2012 se deu, entre outros fatores, em virtude do número de operações policiais realizadas, que resultou na prisão de mais de 200 pessoas que atuavam neste tipo de crime. “As polícias Militar e Civil conseguiram identificar, localizar e prender muitos criminosos, o que reduziu a força de atuação das quadrilhas”, frisou.
Ocorrências no trimestre aumentam
Apesar da redução do número de ocorrências entre os anos de 2011 e 2012, os ataques a bancos cresceram na Paraíba nos três primeiros meses de 2013, quando comparado com o mesmo período do ano passado, conforme dados o Sindicato dos Bancários da Paraíba. No primeiro trimestre de 2013, foram 35 ocorrências em toda a Paraíba, contra 16 no mesmo período de 2012. Em todo o ano, até ontem, tinham sido registrados 43 ataques.
Uma das causas para o crescimento do número de ocorrências na comparação dos primeiros trimestres de 2013 e 2012, na opinião de Isaías Gualberto, é a rapidez com a qual os criminosos presos conseguem a liberdade e logo estão nas ruas prontos para praticar crimes novamente. Para ele, “torna-se necessária uma reformulação na legislação, de modo que esta prática passe a ser considerada crime contra a segurança nacional e, assim, os bandidos não tenham tanta facilidade de conseguir a liberdade para voltar a cometer seus crimes”.
Para tentar reduzir este tipo de ocorrências, a Secretaria de Segurança, de acordo com Isaías Gualberto, vem buscado monitorar a saída dos criminosos da prisão para coibir novas ações criminosas. “A meta é conseguir chegar ao final do ano registrando um número inferior ao que foi registrado em 2012.
Para isso estamos realizando um trabalho em conjunto entre as polícias Militar e Civil da Paraíba com outros estados, porque para esses criminosos não há fronteiras para a prática desses crimes ”, destacou.
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