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VIDA URBANA

Paraíba tem a 2ª pior distribuição de renda do país, diz Ipea

De acordo com o Instituto Brasileiro de Pesquisas Econômicas, 23,2% da população paraibana vive em estado de miséria, com até um quarto de salário mínimo por mês.

Publicado em 13/07/2010 às 20:28

Da Redação
Com G1

Estudo divulgado nesta terça-feira (13) pelo Instituto Brasileiro de Pesquisas Econômicas (Ipea) revela que a Paraíba tem a segunda pior distribuição de renda do país. Os dados, referentes ao ano de 2008, mostram que o Estado registrou o índice de distribuição de renda de 0,58. A escala vai de zero a um, quanto mais próximo de um pior é a distribuição de renda.

O índice de desigualdade da Paraíba foi menor apenas que o do Distrito Federal (0,62) e semelhante ao de Alagoas (que também registrou 0,58). Apesar do alto índice, entre o ano de 1995 e de 2008, houve uma queda de 0,3 no grau de desigualdade, passando de 0,61 para 0,58.

Ainda segundo o Ipea, o índice de probeza extrema na Paraíba – que considera famílias que têm rendimento mensal de até um quarto de salário mínimo por pessoa – era de 23,2% em 2008 e de 37% em 1995. De acordo com o estudo, a Paraíba ocupa a sexta colocação entre os Estados brasileiros com mais pessoas vivendo na miséria.

A projeção do Ipea para que em 2016 a miséria seja erradicada no Estado é de que a cada ano haja uma redução de 2,9% no índice de pessoas que vivem em estado de pobreza extrema.

Já o índice de probreza absoluta – no caso das famílias que vivem com até meio salário mínimo por pessoa, caiu de 66% em 1995 para 51,9% em 2008. Apesar da queda registrada, o Estado tem a quarta maior concentração de pessoas que vivem com até meio salário mínimo por mês.

A Redação do portal Paraíba 1 tentou entrar em contato com a secretária de Estado de Desenvolvimento Humano, Giucélia Figueiredo, para comentar os dados divulgados, mas foi informada de que ela está participando de reuniões em Brasília e que não poderiam atender no momento.

Dados nacionais

Quase 13 milhões de brasileiros saíram da pobreza absoluta entre 1995 e 2008. Com isso, essa faixa, que considera famílias com rendimento médio por pessoa de até meio salário mínimo mensal, recuou de 43,4% para 28,8% do total da população no período.

De acordo com o Ipea, a pesquisa abrange os primeiros anos da estabilidade monetária, de 1995 a 2008, período que corresponde aos governos dos presidentes Fernando Henrique Cardoso e Luiz Inácio Lula da Silva.

A maior queda foi verificada na região Sul, onde a porcentagem da população em pobreza absoluta recuou 47,1%, de 34% para 13% do total. Com isso, a região ultrapassou o Sudeste como detentora do melhor indicador – no conjunto dos quatro estados desta região, a população em pobreza absoluta recuou de 29,9% para 19,5% do total.

Na região Nordeste, houve queda de 28,8% na taxa de pobreza absoluta. Ainda assim, 49,7% da população local vivia, em 2008, com até meio salário mínimo mensal – em 1995, essa porcentagem era de 69,8%.

Imagem

Jornal da Paraíba

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