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VIDA URBANA

PB já registra mais de 50 estupros este ano

Dados do Centro da Mulher 8 de Março mostram que crianças lideram ranking das vítimas.

Publicado em 19/08/2014 às 6:00 | Atualizado em 08/03/2024 às 17:21

Até o final de julho deste ano, 51 casos de estupro foram registrados na Paraíba, segundo dados levantados pelo Centro da Mulher 8 de Março. A maioria das vítimas foram crianças até 11 anos (20 casos) e mulheres (18), os demais registros foram contra adolescentes. No mesmo período de 2013, a organização registrou seis casos a menos, sendo 12 contra mulheres, 13 contra adolescentes e 20 contra crianças.

Durante o final de semana, dois casos brutais foram registrados no interior. No sábado, um adolescente de 15 anos foi acusado de estuprar a própria irmã, de apenas 7, em Alagoa Nova, no Brejo. Já no domingo, em Campina Grande, uma mulher de 41 anos foi violentada por dois homens após sair de uma festa.

O balanço divulgado é alto, mas ainda distante da realidade, de acordo com a articuladora do '8 de Março', Larina Lacerda.

“Muitos casos sequer são denunciados à polícia. Trabalhamos com mulheres, crianças e adolescentes e percebemos que a maior parte dos casos de violência sexual, especialmente quando as vítimas são crianças ou adolescentes, envolvem um ente familiar ou um conhecido. Acontece também de outras pessoas daquele meio ficarem omissas mesmo sabendo que aquela vítima já passa por isso há algum tempo”, destacou.

Quando o crime é contra mulheres, também é alto o número de vítimas do próprio companheiro. Segundo Isânia Monteiro, coordenadora do Centro da Mulher Fátima Lopes, que funciona em Campina Grande como instituição do Governo do Estado de apoio às vítimas de violência, entre dezembro de 2012 e julho de 2014, o centro notificou 395 casos de violência doméstica.

“São casos não só de violência física, mas também sexual e moral, que acontecem dentro de casa, dentro do relacionamento destas vítimas. Mas, quantas mulheres não denunciam por medo, vergonha, e até por pena do companheiro?”, questionou.

No Centro, as vítimas recebem atendimento psicossocial e jurídico e são encaminhadas para os órgãos de segurança competentes.

Imagem

Jornal da Paraíba

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