VIDA URBANA
PEC 300 da Paraíba desagrada e Polícia Civil já fala em greve
Flávio Moreira comenta a possibilidade de greve dos policias civis, caso os valores de reajustes destinados à Polícia Civil não sejam corrigidos na PEC 300.
Publicado em 21/10/2010 às 18:01
Da Redação
Na tarde desta quinta-feira (21), o presidente da Associação dos Policiais Civis de Carreira da Paraíba (Aspol), Flávio Moreira, em entrevista à Rádio 101 FM, voltou a declarar a luta da categoria para que os salários pagos a funcionários da Polícia Civil do Estado sejam equiparados aos níveis pagos em Sergipe. "Essa é uma cobrança pelo cumprimento da promessa feita pelo governador licenciado, José Maranhão, quando da emissão da PEC 300".
Três Projetos de Lei foram encaminhados à Assembleia Legislativa, nos quais constam, em separado, medidas para reajuste salarial para três categorias: policiais militares, agentes penitenciários e policiais civis. Segundo o presidente da Aspol, na documentação enviada, os valores de reajuste destinados à Polícia Militar estão corretos, mas os destinados à Polícia Civil estão apenas com os vencimentos básicos, com “valores distorcidos”.
Flávio Moreira se disse surpreso por não constar, para a Polícia Civil, os valores equiparados com aqueles pagos em Sergipe. Segundo ele, o fato de a Polícia Civil não ter sido incluída em todos os reajustes não pode ser aceito pela categoria. “O Governo considera incluir nossa Polícia para o recebimento do reajuste, mas os valores estão abaixo da expectativa”, disse.
O presidente da Aspol ainda explicou que a situação exige urgência. Uma assembleia estava marcada para a próxima segunda-feira (25), mas já foi antecipada para esta sexta. A categoria se reunirá às 16h, na sede da Associação, para discutir o assunto, inclusive a possibilidade de greve, caso os reajustes prometidos não sejam corrigidos nos projetos.
“Já fizemos todos os comunicados necessários sobre a possibilidade de greve. Não queremos fazer nada na ilegalidade. Mas tudo que exigimos é que seja cumprida a promessa de equiparação com os salários de Sergipe. Feita esta correção, nenhuma paralisação será feita”, afirmou Moreira.
Perguntado sobre a possibilidade de suas reivindicações terem alguma motivação política, Flávio Moreira disse que uma coisa não tem nada a ver com a outra, e que o principal motivo da luta da categoria é a busca pelo salário justo aos policiais civis. “Eu já conduzi greve no governo de Cássio, no de Maranhão, e conduzirei, se for preciso, no de quem quer que seja”, disse Flávio, que ainda lembrou que passou a ser exigido nível superior aos policiais civis e que isso deveria se refletir em uma melhor remuneração. “Não admito que ninguém diga que tenho motivação política para estar agindo com estou”, concluiu.
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