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VIDA URBANA

Peixes podem ter agrotóxicos

Equipes da Agência Estadual de Vigilância Sanitária (Agevisa) vão coletar amostras de peixe para analisar a quantidade de resíduos de agrotóxicos dos mananciais

Publicado em 16/12/2011 às 7:00


Equipes da Agência Estadual de Vigilância Sanitária (Agevisa) vão coletar amostras de peixe para analisar a quantidade de resíduos de agrotóxicos dos mananciais. A medida faz parte das ações desencadeadas pela força-tarefa, comandada pelo Ministério Público da Paraíba (MPPB), com o objetivo de combater irregularidades no uso do produto químico.

Segundo a gerente de Alimentos da Agevisa, Raquel Lima, os peixes poderão denunciar se rios estão contaminados com os inseticidas. Apesar de serem usados na lavoura, os agrotóxicos podem se infiltrar no solo, atingir os lençóis freáticos e chegar aos mananciais. “O peixe contaminado pode causar sérios danos à saúde das pessoas. Vamos começar as análises em janeiro e adotar medidas necessárias para evitar prejuízos ao consumidor durante o mês de março, quando aumenta o consumo em virtude da Semana Santa”, explicou Raquel Lima.

Além da análise do peixe, a venda e uso dos agrotóxicos também serão intensificados pelo governo. Em reunião, realizada ontem na Promotoria do Consumidor, representantes da Secretaria de Desenvolvimento Agropecuário da Paraíba (Sedap) afirmaram que existe a suspeita de que comércios clandestinos de agrotóxicos estejam atuando na Paraíba.

Segundo o gerente Operacional da Divisão Vegetal da Sedap, Luiz Carlos Barros, os produtos químicos só podem ser vendidos em estabelecimentos credenciados, sob a supervisão de engenheiros agrônomos. Na Paraíba, só existem 32 locais autorizados pelo governo para fazer esse comércio. A quantidade, considerada pequena, aumenta a desconfiança da ação de vendedores clandestinos e até de contrabando.

Por esse motivo, o promotor do Consumidor, Glauberto Bezerra, convocou a força-tarefa, que ainda terá a presença de equipes do Ibama. “Vamos fazer ações educativas, junto ao agricultor, e inspecionar a atuação de engenheiros e comércios, porque agrotóxicos proibidos são contrabandeados. Queremos detectar os resíduos para chegar aos revendedores e distribuidores”, disse.

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Jornal da Paraíba

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