VIDA URBANA
PF abre inquérito para apurar origem das manchas de óleo no Litoral do Nordeste
Na Paraíba, dos 55 municípios atingidos, 16 estão em praias do litoral da Paraíba.
Publicado em 02/10/2019 às 17:06 | Atualizado em 03/10/2019 às 9:44
A Polícia Federal instaurou um inquérito para apurar a origem da substância, de aspecto oleoso, encontrada em diversas praias nordestinas, inclusive em 16 localidades do Litoral da Paraíba (confira abaixo a lista). De acordo com o último balanço do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama), publicado nesta terça-feira (1º), já são 115 localidades atingidas por manchas de óleo, localizados em 55 municípios de oito estados do Nordeste.
De acordo com informações divulgadas nesta quarta-feira (2) pela PF, a ação foi tomada assim que surgiram as primeiras notícias do aparecimento de manchas de óleo nas praias ainda no mês de setembro. As investigações estão concentradas na Superintendência Regional da PF no Rio Grande do Norte, contando com a participação das áreas de combate aos crimes ambientais, de inteligência e de perícia.
A Polícia Federal afirma que as diligências estão em andamento e contam com a participação de diversas instituições, dentre elas o IBAMA, a Marinha do Brasil, Universidade Federal Rural de Pernambuco e o Ministério da Defesa (CENSIPAM).
O Ibama tem monitorado a situação desde o dia 2 de setembro. As manchas chegaram a todos os estados do Nordeste, com exceção da Bahia. Das 155 localidades atingidas, 26 já estão livres de óleo na areia. Na maior parte dos locais a limpeza ocorreu de forma natural, com o efeito das marés e do vento, mas em outras a retirada dos resíduos foi feita pela Petrobras ou por empresas contratadas.
Causas
Uma investigação do Ibama, com apoio do Corpo de Bombeiros do Distrito Federal, aponta que o óleo que está poluindo as praias têm a mesma origem, mas ainda não é possível afirmar de onde ele veio. Em nota, a Petrobras afirma que o material não é produzido pela companhia.
A suspeita é que o petróleo tenha vindo de navios que passam pela região, segundo a Agência Estadual de Meio Ambiente de Pernambuco (CPRH), que está analisando imagens de satélite da costa. A pesquisa, no entanto, ainda está em estágio inicial.
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