Plebiscito quer alteração no repasse do PIB

A praça da Bandeira, no Centro de Campina Grande, foi palco ontem de uma manifestação que lançou oficialmente um plebiscito para aprovar 10% do Produto Interno Bruto (PIB) para a educação.

O plebiscito requer a aprovação do projeto de lei que defende a alteração de 4% para 10% do PIB para a educação no Plano Nacional de Educação (PNE), do governo federal. O Projeto está em tramitação no Congresso e deve ser votado em 2012.

O presidente da Associação dos Docentes da Universidade Federal de Campina Grande (ADUFCG), Amauri Fragoso, destacou que a estimativa dos organizadores foi de receber cerca de mil votos no lançamento oficial do plebiscito.

Ele ainda acrescentou que esse movimento vai permanecer com uma urna na praça da Bandeira e outra no Calçadão até o próximo dia 6 de dezembro, quando se encerra o plebiscito em todo o país.

Segundo o presidente da ADUFCG, o objetivo do plebiscito é pressionar o Congresso para a alteração do PNE a fim de que o Plano passe a assegurar 10% do PIB para a educação.

Ele ainda destacou “que a população reagiu positivamente ao plebiscito, pois reconhece a educação como o melhor instrumento para o desenvolvimento do cidadão e para uma melhor distribuição de renda”, afirmou.

Essa alteração é o desejo de toda a categoria dos docentes, segundo o professor de educação física da UFPB, em Patos, Luizinho Bola Cheia, que há 30 anos atua na área. “Nosso voto é com certeza favorável a aprovação desse projeto que defende 10% do PIB para a educação. Precisamos de mais dinheiro para a educação, esse valor irá proporcionar melhorias e mais qualidade para o ensino público”, comentou o professor.

Opinião semelhante expressa também a professora Marta Alice, que atua em sala de aula há 27 anos. “O meu voto com certeza foi favorável
à alteração do PNE, existe uma necessidade enorme de melhorias na educação. A implementação dos 10% do PIB vai permitir que haja mais qualidade na infraestrutura das escolas”, destacou.

O plebiscito já está acontecendo em todo o país desde o dia seis de novembro.