VIDA URBANA
PMCG vai reformar hospital
Hospital foi alugado pelo período de 5 anos; prefeito anunciou reformas no prédio e ampliação dos serviços oferecidos.
Publicado em 28/01/2014 às 6:00 | Atualizado em 10/01/2024 às 16:13
A Prefeitura de Campina Grande (PMCG) vai assumir a gestão do Hospital Doutor Edgley a partir de 1° de fevereiro e realizar reformas no prédio para ampliar os serviços nas áreas de hemodiálise, clínica médica, fisioterapia e exames de imagem.
O anúncio foi feito pelo prefeito Romero Rodrigues na manhã de ontem, durante entrevista coletiva. O hospital foi alugado pelo período de 5 anos e os serviços serão municipalizados. O custo do aluguel é de R$ 400 mil mensais.
A transição será feita de forma gradativa a partir desta semana e os reparos já estão sendo iniciados pela Secretaria de Obras do município. A meta do prefeito é concluir a reestruturação e ampliação da unidade até outubro, quando o novo modelo de hospital será inaugurado oficialmente, dentro da programação comemorativa dos 150 anos da cidade. “Esta é uma ação estratégica para a zona leste, não só na questão da saúde, mas no desenvolvimento humano”, classificou Romero.
A meta inicial é garantir a manutenção do atendimento feito atualmente, principalmente no setor de nefrologia, onde 150 pacientes realizam hemodiálise. Mas a pretensão é planejar a ampliação dos serviços no decorrer do ano. “A nossa meta é no futuro duplicar a capacidade de atendimento na nefrologia”, disse Romero. O atendimento em clínica médica e em outras especialidades também receberá investimentos, já que o objetivo é adotar o modelo de policlínica.
O prefeito informou ainda que vai reativar a Central de Imagem do Doutor Edgley e instalar no futuro um laboratório de análise clínicas, visando zerar a fila de espera por exames em Campina Grande. O hospital também deverá receber os serviços de fisioterapia que funcionam atualmente no Centro de Saúde Francisco Brasileiro, já que o local é alugado e os donos solicitaram a devolução da área, localizada no bairro da Prata.
De acordo com o prefeito, a decisão de municipalizar os serviços visa evitar o fechamento do hospital. “Não vamos permitir que nenhum hospital feche na nossa gestão, mas pelo contrário vamos trabalhar para ampliar o número de leitos para que Campina Grande continue sendo essa grande referência que é na saúde, atendendo à demanda de vários municípios.
Por isso decidimos municipalizar os serviços, com transparência e diálogo”, justificou Romero.
Devido à falta de recursos na Secretaria Municipal de Saúde, a locação do hospital será custeada diretamente pela administração direta, com verbas do gabinete do prefeito. Para cortar despesas, não haverá a contratação de empresas para a reforma, que será executada diretamente pelos servidores.
“Vamos integrar as Secretarias de Obras e de Serviços Urbanos com as nossas máquinas e funcionários, mas ainda não temos a definição de quanto a obra vai custar”, explicou.
FUNCIONÁRIOS
A prefeitura vai absorver o quadro de funcionários do hospital, composto atualmente por 11 profissionais. “Vamos humanizar o atendimento e manter a contratação dos funcionários, mas também exigir maior atenção nos serviços para não deixar a população desassistida”, garantiu Romero. A transição da administração do hospital será conduzida pela primeira-dama Micheline Rodrigues.
O médico Edgley Maciel, proprietário do hospital, disse que a municipalização vai salvar o atendimento para a população da zona leste.
“Eu não tinha mais condições de expandir o serviços, devido à falta de recursos do SUS que tem uma tabela defasada há mais de 20 anos. Chegou a um ponto que ficou inviável. Atendemos a zona leste há 40 anos e a população não poderia ser prejudicada”, afirmou.
O hospital estava impedido de pactuar a contratação com o município devido a dívidas trabalhistas e previdenciárias.
EMERGÊNCIA PSIQUIÁTRICA
A municipalização do hospital também deverá resolver o impasse gerado pela desativação da emergência psiquiátrica que funciona atualmente no Hospital Universitário Alcides Carneiro (HUAC). O serviço voltará a ser oferecido no Doutor Edgley, onde funcionou até junho do ano passado, mas foi transferido pela Secretaria Municipal de Saúde devido a problemas na estrutura.
Uma ala do hospital já está sendo reformada para receber de volta os 21 leitos da emergência. O serviço vai atender usuários de drogas e álcool para desintoxicação e pacientes psiquiátricos em situação de crise. São oito leitos destinados exclusivamente a crianças e adolescentes e os demais para adultos.
A direção do HUAC pediu a devolução do espaço, que havia cedido o espaço para abrigar os leitos de forma provisória. O prazo para devolução venceu no último dia 26 de janeiro. De acordo com o prefeito, a meta é no futuro criar leitos para internação de dependentes químicos, já que o prazo máximo de permanência psiquiátrica é de 21 dias.
“Estamos remanejando a emergência psiquiátrica. Pensamos em levar o serviço para o Hospital Pedro I, mas não foi possível. Estamos já adaptando o espaço e vamos analisar a possibilidade posterior de readequar o espaço para abrir leitos para internação de dependentes químicos”, afirmou Romero Rodrigues.
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