VIDA URBANA
Polícia apreende 2.743 animais silvestres em 2011
Do total de bichos apreendidos pelo Batalhão Ambiental no ano passado, a maioria era pássaro.
Publicado em 10/01/2012 às 7:55
O Batalhão Ambiental concluiu as ações de 2011 com o saldo de 2.743 animais apreendidos e 679 autos de infração lavrados.
Para este ano a proposta é que operações de combate ao tráfico e comercialização de animais silvestres sejam intensificadas. No último domingo, equipes da Polícia Ambiental realizaram uma operação nas feiras lives de Oitizeiro e Bayeux e o resultado foram 53 aves apreendidas. Conforme o comandante do Batalhão Ambiental, tenente-coronel Adielson Pereira, do total de animais apreendidos em 2011, boa parte são pássaros, seguido por cobras e jacarés.
Apesar da comercialização e criação em cativeiro destes animais serem consideradas ilegais, a atividade ainda é comum na Paraíba. “Infelizmente isso ainda acontece muito, é uma cultura do local em que vivemos. As pessoas compram estes animais para mantê-los trancados em gaiolas dentro de casa.
Em casos extremos como tatus e capivaras, estes animais são caçados e abatidos para alimentação”, explicou.
As ações do Batalhão Ambiental acontecem com base em levantamento feito pelo Serviço de Inteligência e principalmente por denúncia anônima da população. Ainda conforme o comandante do batalhão, as equipes policiais foram acionadas para 4.062 ações, tendo obtido êxito em 3.899 casos. “Nestes casos que obtivemos êxito conseguimos libertar animais que estavam presos, ou sendo comercializados e também identificamos as pessoas responsáveis por estes crimes,” completou.
Durante todo o ano passado a maioria das ocorrências criminosas estava relacionada a crimes praticados contra a fauna. Foram 1.040 ações realizadas pelo batalhão referentes a este tipo de infração. Os mais recorrentes foram a venda e criação em cativeiro de animais silvestres sem a devida autorização do Ibama e a caça sem permissão.
DESMATAMENTO
Em segundo lugar nas estatísticas de crimes ambientais praticados em 2011 aparecem os crimes praticados contra a flora, responsáveis por 447 ocorrências. Conforme o tenente-coronel Adielson Pereira, a maioria das ocorrências deste tipo aconteceu na zona rural e diz respeito ao desmatamento de áreas de preservação. Na grande maioria das vezes, o desmate acontece para retirada de lenha que é revendida para padarias e olarias.
Contra a fauna aquática foram 269 crimes registrados em 2011.
“Os mais agredidos são os corais e os peixes. São técnicas criminosas para pesca que infelizmente algumas pessoas ainda utilizam. Um das piores é quando eles soltam uma espécie de bomba dentro da água que faz com que os peixes morram e boiem”, explicou.
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